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Missão Yanomami: Governo Federal segue com ações de socorro na região
Foto: Leo Otero/ MPI
O Governo Federal segue reforçando medidas de enfrentamento à crise humanitária Yanomami em Roraima. A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) participa de diversas ações na região, entre elas, a garantia da segurança alimentar, a retirada dos garimpeiros da Terra Indígena e a promoção do acesso dos indígenas a programas sociais.
Desde o início dos trabalhos, foram entregues cerca de 5,7 mil cestas básicas. O trabalho é coordenado pela Funai e executado pela Força Aérea Brasileira (FAB), que transporta suprimentos desde 21 de janeiro.
A Funai criou um Grupo de Trabalho (GT) interno específico para qualificar as ações de enfrentamento à crise humanitária. A instituição está promovendo um amplo debate com outros órgãos para expandir as políticas de proteção aos indígenas Yanomami no estado de Roraima e no Amazonas, incluindo ações de promoção da cidadania, como acesso a documentação e a benefícios sociais.
Outra prioridade é promover a reconstrução da capacidade dos indígenas de produzir a própria alimentação. A iniciativa envolve a recuperação dos rios e terrenos degradados, bem como a entrega de ferramentas, sementes e insumos que permitam aos Yanomami retomar o cultivo de roças tradicionais. Atualmente, a Funai está trabalhando no mapeamento das principais necessidades dos indígenas.
Saúde — Na última semana, o Ministério da Saúde distribuiu 6 mil testes de malária na região. A pasta enviou à área equipes de agentes de controle de endemias para atuarem na testagem rápida, monitorar os casos e administrar o tratamento.
Garimpo ilegal — O governo também tem atuado na retomada do território Yanomami. Após a avaliação conjunta do Ministério dos Povos Indígenas, do Ibama, da Funai e das Forças Armadas de que a presença dos garimpeiros no local traz risco fatal aos isolados, foi liberada a saída por barcos de garimpeiros da região. A medida visa garantir a retirada pacífica e rápida dos garimpeiros. A ordem, no entanto, é de que aqueles que se recusarem a sair devem ser presos pela operação.
Na manhã de segunda-feira (13), uma ação coordenada entre a Polícia Federal, Ibama, Funai e Ministérios dos Povos Indígenas e do Meio Ambiente destruiu um ponto de garimpo ilegal que ficava próximo à uma aldeia de indígenas isolados.
A Força Aérea Brasileira (FAB) anunciou a prorrogação do fechamento parcial do espaço aéreo Yanomami até maio. A restrição a voos na área começou no dia 1º de fevereiro. Corredores humanitários de voo foram abertos para permitir a saída coordenada e espontânea dos não indígenas das áreas de garimpo ilegal por meio aéreo.
Assessoria de Comunicação / Funai
Com informações da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República e do Ministério dos Povos Indígenas (MPI)