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Funai recebe comitiva de servidores para tratar de acordo de greve ocorrida em 2022
Na última segunda-feira (24), a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) recebeu representantes dos servidores públicos que entraram em greve em 2022, após o assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips. Naquele momento, os servidores reivindicavam melhores condições de trabalho, principalmente em unidades descentralizadas localizadas em regiões remotas como o Vale do Javari (AM), bem como apontavam os erros na condução da política indigenista pela gestão anterior, reunidos no dossiê “Fundação Anti-indígena”, produzido pela Indigenistas Associados (INA) em parceria com o Instituto de Estudos Socioeconômicos (INESC).
A comitiva de servidores foi recepcionada pela presidenta da Funai, Joenia Wapichana, pelo procurador federal Carlos Felipe, pela diretora de Administração e Gestão (Dages), Mislene Mendes, e por representantes da Coordenação-Geral de Gestão de Pessoas (CGGP/Dages). Além da INA, os servidores presentes na reunião representam a Associação Nacional dos Servidores da Funai (ANSEF) e o Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Distrito Federal (Sindsep-DF).
A principal pauta da reunião foi a reivindicação de abono dos dias nos quais os servidores estiveram ausentes do ambiente laboral, contudo, mobilizados e em atividade em prol dos direitos dos servidores e do fortalecimento da política indigenista. O caso vem sendo mediado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) desde junho de 2022.
Joenia manifestou solidariedade aos servidores e enfatizou que buscará todas as medidas administrativas necessárias para não prejudicar os servidores, com o devido amparo jurídico. Nesse sentido, a Procuradoria Federal Especializada junto à Funai (PFE/Funai) foi incumbida de buscar, em conjunto com o MPT, o instrumento e a via jurídico-administrativa mais adequada para solucionar a questão e atender aos anseios dos servidores.
Mobilização
Os servidores da Funai encontram-se mobilizados desde junho de 2022, quando, na sequência do assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips, foi instaurado movimento grevista por segurança e condições dignas de trabalho.
As atividades também têm o objetivo de cobrar celeridade na tramitação do Plano de Carreira da Funai, que se encontra em discussão pela equipe técnica do governo federal, para posterior trâmite no Congresso Nacional.
Os servidores entendem que a aprovação do Plano de Carreira da Funai é crucial para a valorização dos profissionais e para o fortalecimento do órgão coordenador da política indigenista, tendo em vista que uma carreira mais atrativa seria capaz de reter mais o quadro de servidores.
Assessoria de Comunicação/Funai