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Povos Indígenas
Funai participa do lançamento do livro Povos Indígenas no Brasil 2017-2022, em Brasília (DF)
A diretora de Promoção ao Desenvolvimento Sustentável, Lucia Alberta Andrade, representou a Fundação Nacional dos Povos Indígenas no lançamento do livro Povos Indígenas no Brasil 2017-2022. O evento ocorreu na última sexta-feira (16), no Memorial dos Povos Indígenas, em Brasília (DF).
De autoria de Fany Pantaleoni Ricardo, Tatiane Klein e Tiago Moreira dos Santos, a publicação é a décima terceira edição da série Povos Indígenas no Brasil, referente ao período de 2017 a 2022, e traz uma visão geral sobre 266 povos indígenas que vivem no Brasil, falantes de cerca de 160 línguas. O volume atual destaca, na capa, a liderança Watatakalu Yawalapiti, do Território Indígena do Xingu (MT), lembrando o protagonismo das mulheres indígenas na defesa dos direitos indígenas ante os retrocessos e inclui um caderno especial de 32 páginas com imagens de destaques.
A publicação também traz um artigo da assessora de Acompanhamento de Estudos e Pesquisas, Maial Paiakan, intitulado “O nosso território é o ponto central dessa conjuntura política”. No texto, a indígena fala sobre a terra como pertencimento para os povos indígenas, e o quanto essa relação é ancestral. “Hoje em dia, a gente carrega essa luta pela continuidade da nossa terra, da floresta, por causa da luta dos antigos, por uma conexão entre a nossa história e a terra a que pertencemos, que é a Terra Indígena Kaiapó”, afirmou.
Durante o evento, Lucia Alberta participou do debate “Os retrocessos e a reconstrução da política indigenista”, que contou também com a participação do coordenador-executivo da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), Kleber Karipuna,; do diretor de Mediação de Conflitos do Ministério dos Povos Indígenas, Marcos Kaingang; da assessora-chefe de Inclusão e Diversidade no Tribunal Superior Eleitoral, Samara Pataxó; e do sócio-fundador do Instituto Socioambiental (ISA), Márcio Santilli. A mediação ficou a cargo de Adriana Ramos, especialista em política e direito socioambiental do ISA.
De acordo com Lucia Alberta Andrade, a publicação é um apoio muito grande do ISA para mostrar para a população brasileira quem são os povos indígenas, onde vivem, como vivem e quais são as principais adversidades que esses povos vivenciam no seu dia a dia. “O Isa tem uma contribuição muito grande para mostrar para a população brasileira, quiçá mundial, quem são os povos indígenas do Brasil e o que aconteceu no país e no mundo num período de quatro a cinco anos. O lançamento dessa 13ª edição, traz o retrato do período mais difícil que os povos indígenas viveram nos últimos anos, é um relato muito importante mas também muito dolorido de quanto retrocesso nós tivemos nesse período de 2017 à 2022. Além disso, traz um resumo das terras indígenas, sendo uma ferramenta de trabalho muito importante para a própria Funai, para referenciar muitos dos trabalhos que desenvolvemos”, afirmou.
Assessoria de Comunicação/Funai