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Etnodesenvolvimento
Funai fornece equipamentos em apoio à geração de renda na Terra Indígena Potiguara na Paraíba
Foto: Acervo/Funai
A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) investiu cerca de R$ 53 mil na aquisição de ferramentas e equipamentos de proteção individual (EPIs) para a atividade extrativista de marisco e a coleta de mangaba na Terra Indígena Potiguara, município de Marcação, estado da Paraíba. Os recursos liberados pela Coordenação-Geral de Promoção ao Etnodesenvolvimento (CGETNO) beneficiaram 60 famílias indígenas do povo Potiguara que receberam os materiais entre os dias 6 e 20 de dezembro de 2022.
Para apoiar a extração e beneficiamento de marisco feitos pelas aldeias Camurupim e Tramataia, a Funai investiu R$ 25,8 mil em ferramentas e EPIs, beneficiando 30 famílias cuja fonte de renda é a comercialização local do fruto do mar. Já a atividade extrativista de mangaba da aldeia Caieira contou com o investimento de R$ 15,5 mil em ferramentas e EPIs. Foram beneficiadas outras 30 famílias que têm na coleta e venda da mangaba a sua principal fonte de geração de renda. Para logística, diárias e combustível utilizado nas ações de entrega dos materiais, a Funai disponibilizou mais R$ 11,6 mil.
Por meio de dois projetos da CGETNO, a Funai entregou as seguintes ferramentas e EPIs às aldeias: carrinhos de mão para transporte, caixas de hortifruti para armazenamento, baldes, tachos e bacias de alumínio, garrafas térmicas de 5 litros, botas de proteção, sapatilhas aquáticas, calças e camisas térmicas, calças cargo, chapéus e protetor solar. Os projetos foram desenvolvidos pelo Serviço de Gestão Ambiental e Territorial (Segat) da Coordenação Regional (CR) João Pessoa, com o suporte da Coordenação Técnica Local (CTL) de Baía da Traição (PB).
Extrativismo sustentável
Conforme esclarece o chefe do Segat da CR João Pessoa, Francisco Antunes Sanae, os projetos devem continuar em 2023. “Nosso objetivo é abarcar o remanescente de famílias indígenas que não foram atendidas nesta primeira etapa, e incentivar as associações dos indígenas marisqueiros e coletores de mangaba. Esse incentivo vai proporcionar melhores condições de trabalho para as famílias envolvidas com o extrativismo sustentável na Terra Indígena Potiguara”, afirmou o servidor da Funai.
O indígena da aldeia Camurupim Everton Fernandes de Souza destacou a importância da entrega do material. “Hoje muitos marisqueiros da aldeia só conhecem o que é um tacho novo por causa da Funai. Muitos deles cozinhavam [o marisco] em latas. Não tinham o conhecimento do que é um bom material de trabalho. Inclusive eu. Meu tacho aqui era uma lata. Nós não tínhamos condições de comprar as sapatilhas, muito necessárias por causa das arraias. E as caixas de hortifruti são muito caras. As garrafas térmicas também. Antes a gente só bebia água quente”, afirmou o indígena.
Assessoria de Comunicação / Funai