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Funai e Instituto Cerrados discutem troca de experiências sobre preservação ambiental em territórios indígenas
A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e a organização não-governamental Instituto Cerrados avaliam trocar experiências sobre ferramentas que permitam ampliar a preservação ambiental em territórios indígenas. O tema foi pauta de uma reunião entre as duas instituições nesta terça-feira (23), na Sede da Funai, em Brasília.
Participaram da reunião com a presidenta da Funai, Joenia Wapichana, o diretor-executivo do Instituto Cerrados, Yuri Botelho Salmon, as gerentes do programa Povos do Cerrado, Andrea Valentim e Águeda Lourenço, e a representante do Instituto Sociedade, População e Natureza, Patrícia Silva.
Na ocasião, o diretor-executivo do Instituto Cerrados apresentou duas iniciativas que podem auxiliar os trabalhos da Funai. São eles “Suindara” e “Tamo de Olho”. A Suindara Sistemas de Alertas envia para o smartphone de agentes de combate e gestão do fogo alertas de focos de calor nos seus respectivos territórios de ação, o que possibilita uma resposta rápida, diminuindo a área queimada. Já ferramenta Tamo de Olho busca identificar, por meio de imagens de satélite, casos de desmatamento no Cerrado, instrumentalizando os órgãos competentes. “São ferramentas de fácil utilização e que contribuem para a preservação ambiental, podendo também auxiliar os trabalhos realizados pela Funai“, frisou Salmon.
Joenia Wapichana lembrou que as terras indígenas são as áreas mais preservadas do país, mas que há muito a fazer para avançar ainda mais. “É importante somar esforços para ampliar a preservação nos territórios indígenas“, enfatizou.
A convite da presidenta, o grupo visitou as dependências da Diretoria de Proteção Territorial (DPT), onde foi recebido pela diretora Maria Janete Albuquerque e pela coordenadora-geral de Monitoramento Territorial, Thais Dias Gonçalves, as quais apresentaram a Sala de monitoramento do órgão aos representantes do Instituto Cerrados. A Funai conta ainda com o Centro de Monitoramento Remoto (CMR), plataforma web que disponibiliza informações geoespaciais de Terras Indígenas. A tecnologia possibilita o acompanhamento diário de ocorrências como desmatamento, degradação e queimadas em áreas indígenas por meio de imagens gratuitas do satélite Landsat, sensor OLI.
As informações do CMR subsidiam o planejamento de ações de proteção territorial da fundação, além de oferecer um banco de dados diversificado à população brasileira. A plataforma permite visualizar áreas de forma rápida e fácil, indicando os nomes oficiais das Terras Indígenas, seus limites físicos, os biomas aos quais se circunscrevem, entre outras informações, as quais servem de base para a produção de documentos técnicos e de planos de trabalho.
Assessoria de Comunicação / Funai