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Funai e Forest Trends discutem benefícios de ações de conservação para os povos indígenas
Ocorreu, nesta quinta-feira (18), na sede da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), em Brasília (DF), uma reunião entre o diretor da Iniciativa Comunidades e Governança Territorial da Forest Trends, Beto Borges, e a presidenta do órgão indigenista, Joenia Wapichana.
O objetivo do encontro foi oferecer colaboração à Funai para assegurar que os fluxos de financiamento climático e de conservação beneficiem os povos indígenas, como os que envolvem a comercialização de créditos de carbono. De acordo com o diretor, a empresa tem desenvolvido análises da viabilidade de projetos REDD+ Indígena para o mercado voluntário de carbono e assessorado organizações indígenas em incidências em programas de REDD+ jurisdicional. “Estamos sempre buscando caminhos para apoiar os direitos dos povos indígenas na gestão de seus territórios”, apontou.
Também participaram da reunião a representante do Comitê Indígena da Força Tarefa de Governadores para o Clima e Florestas, Francisca Arara; o presidente da empresa Wildlife Works representando a Peoples Forests Partnership, Mike Korchinsky; e o coordenador-geral de Gestão Ambiental da Funai, Francisco Melgueiro.
Entre os trabalhos de destaque trazidos pela Forest Trends está a série de publicações orientadas aos povos indígenas e comunidades locais Acesso a financiamento para reduzir o desmatamento – Entendendo o LEAF e ART-TREES.
Em sua fala, a presidenta informou que, dentre as prioridades da Funai, estão a demarcação de Terras Indígenas, o fortalecimento do órgão e a implementação de Planos de Gestão Territorial e Ambiental (PGTAs) nas comunidades indígenas.
Para Joenia, é necessária a consulta livre, prévia e informada às comunidades, além de outras salvaguardas, e a repartição de benefícios de forma justa entre os indígenas. Segundo a presidenta, a comercialização de créditos de carbono em Terras Indígenas será discutida com o Ministério dos Povos Indígenas (MPI). A prática ainda carece de regulamentação. “Precisamos discutir e apresentar propostas concretas de gestão”, afirmou.
Assessoria de Comunicação / Funai