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Coordenação Regional Centro Leste do Pará participa do 1º Festival Intercolegial do Povo Xikrin, no estado do Pará
Ocorreu, entre os dias 23 e 26 de junho, na aldeia Mrôtidjam da Terra Indígena (TI) Trinheira Bakajá, no estado do Pará, o 1º Festival Intercolegial do Povo Xikrin Bep Pryty. O objetivo do encontro foi realizar intercâmbios das aldeias e suas escolas, em que os indígenas trocaram informações e fizeram apresentações de suas formas de vida no contexto escolar, interligados com a cultura do povo Xikrin.
O festival foi uma iniciativa das próprias escolas e seus educadores, e contou com a participação ativa dos alunos. Também apoiaram o evento os setores da educação do município de Altamira (PA) como a Secretaria Municipal de Educação (Semed), e empresas terceirizadas que acompanham as aldeias com os programas de educação, fortalecimento institucional e de atividades produtivas, dentre outros.
A Coordenação Regional Centro Leste do Pará foi convidada a participar do evento e apoiou a iniciativa com ações de divulgação na região, publicando e encaminhando os documentos e solicitações da comunidade e das associações das aldeias envolvidas no processo.
A TI Trincheira Bakajá possui 20 aldeias e, no evento, contou com a participação de sete escolas indígenas, abrangendo um total de 100 alunos diretamente e, indiretamente, 210 famílias.
O encontro proporcionou formas de se pensar na qualidade do aproveitamento das riquezas naturais em forma de alimentos e medicamentos, além de promover o resgate cultural e aprendizado, fortalecendo a temática indígena e o protagonismo da comunidade.
Os materiais criados para o evento serão replicados e ampliados para as outras escolas da terra indígena, tendo em vista a qualidade da elaboração, a exemplo das maquetes das aldeias antigas e suas histórias, que contam as formas como eram produzidos os alimentos da floresta e a cura por meio das plantas medicinas apresentadas.
Para o coordenador regional de Centro Leste do Pará, Luís Xipaia, a Funai precisa estar mais próxima dos povos indígenas para contribuir em atividades como essa. “Eu fiquei maravilhado com tudo que vi lá. A forma organizacional do evento, as maquetes produzidas pelos alunos, as ornamentações feitas por eles e seus educadores, o interesse dos alunos jovens, adultos e crianças. Tudo foi sublime, bem agonizado e de encher os olhos de alegria”, afirmou.