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Retrospectiva 2021: Funai aposta em capacitação para promover a autonomia dos indígenas
Foto: Divulgação / Funai
A Fundação Nacional do Índio (Funai) tem investido na capacitação dos indígenas que buscam autonomia e desenvolvimento. Ao longo de 2021, indígenas de diversas etnias receberam cursos de capacitação para operar e realizar a manutenção de tratores, entre elas: Kaingang, da Terra Indígena (TI) Ivaí e Rio das Cobras (PR); Guarani M'bya das TIs Pindoty e Tarumã (SC); Yawalapiti, Kamayurá e Waurá, do Parque Indígena do Xingu (MT); e Xavante da TI Parabubure e São Marcos (MT).
Os cursos foram realizados em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e tiveram como objetivo apoiar a formação e qualificação dos indígenas para que possam conhecer os aspectos práticos e operacionais da agricultura moderna de grãos em apoio à economia indígena, tanto no campo da subsistência quanto na comercialização, visando possibilitar a autonomia da comunidade na área de produção agrícola e, assim, promover a sustentabilidade econômica, social e ambiental.
“Ao impulsionar a produção nas aldeias, colaboramos para que os indígenas ampliem o cultivo, conquistem novos mercados e se tornem cada vez mais autossuficientes”, enfatiza o presidente da Funai, Marcelo Xavier.
Para o coordenador-geral de Promoção ao Etnodesenvolvimento, Dênis Quadros, a iniciativa é uma ação em prol da autonomia indígena a fim de ampliar a geração de renda nas aldeias. “Nosso papel enquanto órgão indigenista é apoiar as iniciativas das comunidades indígenas que primam pela autonomia e sustentabilidade de suas atividades produtivas. Isso inclui não apenas o fornecimento de maquinário agrícola, mas também a capacitação técnica e a articulação institucional que a Funai tem promovido em apoio a atividades de etnodesenvolvimento nas aldeias”, destaca Quadros.
Outras capacitações também foram oferecidas aos indígenas. Em agosto, a Funai apoiou o aperfeiçoamento de indígenas da etnia Paresi na criação de galinhas. Os avicultores das 11 aldeias indígenas de Campo Novo do Parecis, em Mato Grosso, aprenderam a preparar rações para aves com os alimentos produzidos na própria comunidade, e também a construir os aviários. O curso faz parte de uma série de treinamentos realizados por meio de uma parceria entre o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar-MT) e o Sindicato Rural de Campo Novo do Parecis, em julho.
Já em Cuiabá (MT), uma turma de 10 indígenas que atuam na operação da balsa do Rio Xingu, no município de São José do Xingu, concluiu um curso de formação de aquaviários, marinheiro fluvial auxiliar de convés e máquinas nível I. A capacitação foi fruto de uma parceria entre a Funai e a Capitania Fluvial do Mato Grosso (CFMT) da Marinha do Brasil.
“Para ampliarem suas atividades, é importante que os indígenas busquem se organizar em associações e cooperativas, por exemplo, e também procurem parcerias e cursos de capacitação. É importante destacar que, em todos os casos, o protagonista deve ser sempre o próprio indígena”, completa Xavier.
Incentivo
Em 2021, a Funai adquiriu e entregou cerca de 40 tratores a comunidades indígenas de diferentes regiões do país. O investimento no maquinário supera R$ 5 milhões. A intenção é proporcionar autossuficiência alimentar e econômica às comunidades.
A Funai também investiu cerca de R$ 10 milhões no suporte a atividades produtivas nas aldeias ao longo deste ano. Os recursos foram destinados a atividades de piscicultura, roças de subsistência, confecção de artesanato, produção agrícola, casas de farinha, casas de mel, entre outros.
Assessoria de Comunicação / Funai