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Museu do Índio/Funai inicia etapa preliminar das obras do casarão
Na última semana, deu-se início à fase preliminar da obra do casarão central do Museu do Índio (MI), órgão científico-cultural da Fundação Nacional do Índio (Funai). Denominada identificação e conhecimento do bem, a etapa é uma exigência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e contará com a realização dos estudos necessários para a elaboração de um diagnóstico e, posteriormente, do projeto básico e executivo de reforma do espaço.
A etapa buscará compreender as transformações espaciais que o museu sofreu ao longo do tempo e deve conter as etapas de: pesquisa histórica, levantamento cadastral, prospecções, análise tipológica, identificação de materiais e sistema construtivo.
Construído em 1880, o casarão integra um conjunto arquitetônico tombado pelo Iphan em 1967, do qual também fazem parte dois anexos em que trabalham servidores da unidade, que serão igualmente reformados.
"A fase preliminar das obras será fundamental para um diagnóstico preciso da situação em que se encontra o casarão, e a posterior elaboração de um projeto que compreenda todas as necessidades de reforma, de forma a garantir a integridade do patrimônio arquitetônico tombado, dos frequentadores e servidores do museu, assim como dos objetos em exposição", destaca o diretor do MI, Giovani Souza Filho .
Entenda a necessidade da obra
O Museu do Índio está fechado para visitação pública por tempo indeterminado em razão da realização de obras necessárias à segurança dos visitantes, funcionários e dos mais de 100.000 itens do acervo abrigado nas oito reservas técnicas existentes.
No casarão, estão instalados, no primeiro pavimento, a Biblioteca Marechal Rondon e o espaço Museu das Aldeias, área destinada a exposições de curta e média duração. Já no segundo pavimento, existe a principal área expositiva do museu, composta por seis ambientes que abrigam exposições de longa duração.
Desde 1983 já haviam sido realizados levantamentos técnicos que detectaram problemas de deterioração que poderiam comprometer a estrutura da edificação. O museu já passou, inclusive, por intervenções pontuais ao longo de sua história, especialmente entre 1994, em que foi realizada a reforma de janelas, portais, telhado, paredes e piso; e 2010, com a reforma do telhado, substituição de calhas, revisão nas instalações elétricas e instalação de sistema de ar condicionado central.
Passada uma década desde a última intervenção, o casarão e seus anexos necessitam de outra reforma, tanto da parte interna, quanto da parte externa, por meio de uma empresa de arquitetura especializada em reforma e restauração de bens tombados.
Ao longo dos anos, o casarão vinha apresentando sinais de deterioração, tais como: queda de reboco, goteiras, crescimento de vegetação nas paredes, problemas na pintura, madeira desgastada, entre outros, o que representava riscos para as pessoas que circulavam no local e, também, para o acervo museológico e bibliográfico armazenado em seu interior.
Devido a isso, tornou-se urgente a contratação de uma empresa para elaborar estudos de identificação do bem e diagnóstico para que, dessa forma, as melhorias possam ser feitas no casarão, a partir da criação de um projeto de intervenção em bem cultural tombado e área de entorno. Com a aprovação dos estudos pelo Iphan, o próximo passo será a elaboração de um Projeto de Intervenção no imóvel, composto por um Projeto Básico e um Projeto Executivo.
Mesmo fechado temporariamente, o Museu do Índio continua realizando atividades de preservação, pesquisa, educação e divulgação, e atendendo às demandas do público de maneira remota.
Assessoria de Comunicação/Museu do Índio/Funai