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Governo Federal forma primeira brigada voluntária indígena no estado do Acre
Fotos: Prevfogo/Ibama
O Governo Federal formou a primeira brigada voluntária indígena do estado do Acre. O curso foi ministrado entre os dias 13 a 15 de abril pelo Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Ao todo, participaram do treinamento 13 alunos das etnias Shanenawa e Huni kuin.
A capacitação foi promovida em parceria com outras instituições, como a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento (USAID) por meio do Serviço Florestal dos Estados Unidos (USFS). As atividades ocorreram na aldeia Shane kaya, da Terra Indígena Katukina/Kaxinawa, localizada no município de Feijó (AC). Ferramentas e Equipamentos de Proteção Individual (EPI's) a serem usados pelos brigadistas das comunidades indígenas em incêndios florestais serão fornecidos pelo USFS.
Para o coordenador estadual do Prevfogo no Acre, Diogo Selhorst, uma brigada treinada e equipada dentro da Terra Indígena pode dar a resposta rápida necessária para evitar incêndios. “Além disso, a brigada também pode atuar na conscientização dos demais indígenas para o uso responsável do fogo”, explica Selhorst.
Parceria Funai e Prevfogo/Ibama
Em 2013, foi firmado entre a Fundação Nacional do Índio e o Prevfogo/Ibama um Acordo de Cooperação Técnica (ACT), por meio do qual é realizado o Programa Brigadas Federais Indígenas (BRIFs-I), com a formação de brigadas federais compostas por indígenas capacitados e a execução de ações de prevenção e combate a incêndios florestais. As BRIFs-I são contratadas anualmente, atuando para evitar a proliferação das chamas durante a temporada de seca e garantir a preservação de diversas áreas indígenas no período crítico do fogo.
No âmbito do ACT, a Coordenação de Prevenção a Ilícitos/Coordenação-Geral de Monitoramento Territorial (Copi/CGMT), em articulação com as Coordenações Regionais da Funai, apoia os processos de formação e contratação dos brigadistas, descentralizando recursos e disponibilizando servidores para acompanhar e participar das formações e operacionalização das brigadas. Os cursos valorizam os conhecimentos tradicionais e promovem o diálogo intercultural acerca das práticas de Manejo Integrado do Fogo (MIF).
A aplicação das técnicas de MIF, como as queimadas controladas e a abertura de aceiros, antecede o período da estiagem de cada região, visando criar um cinturão de amortecimento em torno das Terras Indígenas para fins de contenção das chamas. O MIF é baseado em aspectos sociais, culturais e ecológicos das comunidades indígenas, promovendo o fortalecimento de técnicas de manejo ancestrais do fogo aliadas às novas técnicas e conhecimentos científicos na área.
Assessoria de Comunicação/Funai
com informações do Ibama