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Funai recebe lideranças Kayapó em reunião sobre fomento à produção indígena
[Da esquerda para a direita] a coordenadora da Funai, Josiane Dourado, o representante da aldeia Camaó, cacique Nopre, o indigenista especializado Heber Gomes, o coordenador-geral da CGETNO, Denis Soares, o chefe do Segat/CR Cuiabá, Rodrigo Coimbra, e o cacique Okryt Kuantoro. Foto: Divulgação/Funai
A Fundação Nacional do Índio (Funai) recebeu, na Sede da instituição, em Brasília (DF), líderes da etnia Kayapó para debater o fomento à produção indígena sustentável. Realizada no último dia 30, a reunião abordou o apoio da Funai à colheita da castanha-da-Amazônia na Terra Indígena Baú, localizada no município de Novo Progresso (PA).
Durante o encontro, que teve a presença do coordenador-geral de Promoção ao Etnodesenvolvimento da Funai, Denis Soares, as lideranças indígenas também apresentaram projetos de atividades produtivas que devem ser implantados na Terra Indígena como o cultivo de cacau, milho, arroz e cupuaçu. Já a coleta de castanha-da-Amazônia é feita pelos Kayapó há 12 anos. A estimativa da safra em 2023 é de aproximadamente 90 toneladas do produto. "Mesmo com a experiência no manejo da castanha, os indígenas necessitam do apoio da Funai para melhorar a sua produção, gerando mais renda, emprego e autonomia financeira para as aldeias”, explica Soares.
Diante das reivindicações, a Diretoria de Promoção ao Desenvolvimento Sustentável (DPDS) ratificou que a fundação tem implementado ações em prol da capacitação e do suporte a atividades produtivas nas Terras Indígenas. “No caso da Terra Indígena Baú, avaliamos a possibilidade de alavancar os projetos produtivos sobretudo por meio de parcerias”, afirma Soares ao se referir aos acordos de cooperação com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater).
“O objetivo é proporcionar a devida capacitação técnica aos indígenas. Dessa forma, eles podem aprender sobre a gestão de negócios e as melhores práticas para a atividade produtiva que pretendem desenvolver. Isso vai abrir portas para uma melhora significativa na coleta, beneficiamento e transporte da castanha, o que resulta no ganho de qualidade da produção agregando valor de venda ao produto”, comenta o coordenador-geral da Funai.
“Também deveremos mobilizar a Coordenação Regional Cuiabá a fim de articular e fomentar cursos, estágios, palestras e intercâmbios com indígenas que empreendem projetos exitosos”, conclui Denis Soares.
Participaram da reunião a coordenadora de Fomento à Produção Sustentável da Funai, Josiane Dourado, o indigenista especializado da fundação Heber Gomes, o chefe do Serviço de Gestão Ambiental e Territorial (Segat/CR Cuiabá), Rodrigo Coimbra, o presidente da Associação Indígena Mantinó, cacique Okryt Kuantoro, e a liderança da Aldeia Camaó, cacique Nopre.
Assessoria de Comunicação / Funai