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Funai aborda experiências em etnodesenvolvimento durante visita a Coordenação Regional na Bahia
Reuniões de alinhamento metodológico foram realizadas com os servidores da unidade da Bahia. Foto: Divulgação/Funai
O diretor de Promoção ao Desenvolvimento Sustentável e o coordenador-geral de Promoção ao Etnodesenvolvimento da Fundação Nacional do Índio (Funai), Fernando Moreira e Denis Soares, respectivamente, visitaram a Coordenação Regional (CR) Baixo São Francisco, localizada no município de Paulo Afonso, na Bahia. O objetivo foi promover reuniões de alinhamento metodológico com os servidores da unidade e conhecer a realidade local, a fim de reforçar o compromisso da Funai com o incentivo ao etnodesenvolvimento nas aldeias.
Eles apresentaram às equipes o modelo metodológico de incentivo ao etnodesenvolvimento que está sendo implementado, de forma que atinja um número cada vez maior de indígenas, sempre respeitando sua vontade. Na ocasião, as equipes da coordenação regional puderam compartilhar as necessidades e possibilidades locais para o avanço dos projetos. O coordenador da CR Nordeste I, Márcio José Donato, também participou das discussões.
Apoio ao etnodesenvolvimento
O investimento da Funai em etnodesenvolvimento em aldeias de todo o país chegou a R$ 41,3 milhões entre 2019 e 2021. Os valores superam em 72% o total investido entre os anos de 2016 e 2018, cujo aporte ficou em torno de R$ 24 milhões. O uso econômico sustentável de Terras Indígenas como ferramenta para a geração de renda às comunidades tem sido um dos principais focos da Funai. Ao impulsionar a produção responsável nas aldeias, a fundação colabora para que os indígenas se tornem autônomos e autossuficientes.
Os recursos foram destinados ao fortalecimento de atividades de agricultura, piscicultura, roças de subsistência, carnicicultura, etnoturismo, extrativismo, confecção de artesanato, casas de farinha, casas de mel, entre outros. O incentivo permitiu a aquisição de materiais de pesca, sementes, mudas, insumos, ferramentas, maquinário agrícola, bem como apoio para o escoamento da produção e realização de cursos de capacitação para os indígenas.
Em 2021, a Funai assinou mais de 20 Cartas de Anuência para diferentes comunidades e, em uma iniciativa pioneira, adquiriu e entregou 40 tratores para fornecer apoio a atividades produtivas. A intenção é garantir a segurança alimentar das diferentes etnias e possibilitar que elas aumentem a produção, investindo em processos de geração de renda. Ao todo, a fundação investiu de mais de R$ 5 milhões na aquisição do maquinário.
CR Baixo São Francisco
A Coordenação Regional Baixo São Francisco atua junto aos povos indígenas das etnias Atikum, Fulni-ô, Kaimbé, Kambiwá, Kapinawá, Kariri-Xocó, Kiriri, Pankaiwka, Pankararé, Pankararu, Payayá, Potiguara, Pankaru, Tapuia, Truká, Tumbalalá, Tuxá, Tuxi, Xacriabá e Xukuru-Kariri. Criada em 2012, a unidade é responsável por coordenar e monitorar a implementação de ações de proteção e promoção dos direitos de povos indígenas dos estados da Bahia e Pernambuco.
A área de atuação da CR Baixo São Francisco abrange os municípios de Abaré (BA), Angical (BA), Banzaê (BA), Barreiras (BA), Cocos (BA), Curaçá (BA), Euclides da Cunha (BA), Glória (BA), Ibotirama (BA), Muquém de São Francisco (BA), Rodelas (BA), Paulo Afonso (BA), Paratinga (BA), Quijingue (BA), Ribeira do Pombal (BA), Santa Rita de Cássia (BA), Sento Sé (BA), Serra do Ramalho (BA), Sobradinho (BA), Uting (BA), Águas Belas (PE), Belém de São Francisco (PE), Cabrobó (PE), Carnaubeira da Penha (PE), Jatobá (PE), Mirandiba (PE), Orocó (PE), Petrolândia (PE), Petrolina (PE), Salgueiro (PE), Santa Maria da Boa Vista (PE) e Tacaratu (PE), onde vivem aproximadamente 76 mil indígenas.
Assessoria de Comunicação/Funai