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Com apoio da Funai, etnias de Rondônia aprimoram projeto de apicultura
Foto: Divulgação/Funai
Três etnias do estado de Rondônia têm aprimorado a atividade de apicultura com o apoio da Fundação Nacional do Índio (Funai), que investiu no custeio dos materiais a fim de impulsionar o projeto “Apicultura Indígena: Ação de Desenvolvimento Sustentável Econômico”. Realizado por cerca de 150 famílias das etnias Cinta Larga, Sakyrabiar e Suruí nas Terras Indígenas Parque do Aripuanã, Rio Mequéns e Sete de Setembro, o projeto também conta com o suporte da Associação de Apicultores de Cacoal (RO).
A produção de mel abrange 20 comunidades indígenas que contam com o apoio da unidade descentralizada da Funai em Cacoal e da Coordenação-Geral de Promoção ao Etnodesenvolvimento (CGETNO) da fundação em Brasília (DF), cujo suporte à apicultura nas aldeias acontece por meio da colaboração em ações de instrução técnica e da descentralização de recursos voltados à aquisição de materiais e ao pagamento de diárias a servidores. Conforme relata o coordenador regional da fundação, José Sotele, os indígenas aguardam a primeira retirada de mel para comercializá-lo nos municípios vizinhos.
“Embora o projeto tenha iniciado em 2020, só a partir de 2021 os produtores indígenas puderam incrementar a produção de mel com a aquisição de mais equipamentos e maior participação das famílias nas aldeias”, esclarece Sotele. “É uma atividade produtiva muito adequada à conservação ambiental e à produção do café especial indígena, que não utiliza pesticidas durante o cultivo. É sustentabilidade e geração de renda andando juntas para melhorar a vida dessas comunidades indígenas”, salienta o coordenador regional da Funai.
Outros projetos
No estado do Espírito Santo, 12 aldeias das etnias Tupiniquim e Guarani produziram, em 2021, um total de 725 quilos de mel, 60 quilos de pólen e 40 quilos de cera foram colhidos pelo projeto de meliponicultura Tupyguá. A iniciativa integra o Plano de Sustentabilidade Tupiniquim e Guarani (PSTG) e tem como representação indígena o Conselho de Caciques das Terras Indígenas de Aracruz. A ação recebe apoio da Coordenação Regional Minas Gerais e Espírito Santo, unidade descentralizada da fundação com sede em Governador Valadares (MG).
Por meio da CGETNO, e com a atuação da Coordenação Regional de Campo Grande, a Funai também tem apoiado a apicultura indígena no Mato Grosso do Sul com o projeto “Criando Abelhas, Produzindo Mel e Gerando Renda na Aldeia Cabeceira”, elaborado pela Associação de Produtores de Mel da Aldeia Cabeceira (Amelca) em Nioaque (MS). A fundação é um dos parceiros da atividade produtiva, garantindo a aquisição de equipamentos e incentivando os grupos de apicultores indígenas das etnias Ofayé e Terena a buscar autonomia na condução da produção.
A iniciativa deve alcançar uma safra de 12 quilos de mel por melgueira ativa por ano – cerca de 3 toneladas anuais. O objetivo é obter certificado de produto orgânico para o mel produzido pelos indígenas e para a produção de mel das Terras Indígenas Nioaque, Limão Verde e Ofayé, bem como aumentar a renda dos produtores indígenas e capacitá-los em todas as etapas de produção apícola.
Assessoria de Comunicação / Funai