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Tradição: O arco e flecha na cultura das populações indígenas
Foto: Mário Vilela/Funai
O arco e flecha é um dos objetos mais representativos da tradição ancestral indígena no país, carregando um forte significado simbólico e cultural. Atualmente, o instrumento é usado em diferentes circunstâncias e atividades, como caça, pesca, rituais, proteção e também para a prática desportiva, permitindo o exercício da técnica de cada guerreiro atleta no alongamento da corda, na calibragem da flecha e na habilidade de lançamento.
Em diversas aldeias, o arco é feito do caule de uma palmeira chamada tucum, de cor escura, muito encontrada próxima aos rios. A etnia Gavião, do estado do Pará, por exemplo, confecciona o arco com uma madeira de cor vermelha, chamada aruerinha. Já os indígenas da região do Parque do Xingu, no Mato Grosso, costumam empregar o pau-ferro, o aratazeiro, o pau d'arco e o ipê amarelo. As etnias que vivem no Alto Amazonas, por sua vez, usam muito a pupunha. O padrão do tamanho do arco obedece à necessidade de seu uso, conforme a cultura de cada população.
A flecha geralmente é feita de uma espécie de bambu, chamada taquaral ou caninha. A ponta é confeccionada de acordo com a tecnologia de cada etnia. Há flechas mais longas e as pontas tipo serra, muito usadas para a pesca. Outras pontas são feitas com a própria madeira da flecha. Algumas comunidades colocam ossos e dentes de animais. Há outras flechas praticamente sem ponta, mas com uma espécie de esfera (coquinho), usada na caça aos pássaros. O objetivo é abater a ave e evitar ferimentos na pele ou danos às plumas e penas.
Assessoria de Comunicação/Funai
com informações da Secretaria da Educação e do Esporte do Paraná