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Cultura: Simbologia fortalece a tradição do arco e flecha indígena
Foto: Mário Vilela/Funai
Indígenas da etnia Haliti-Paresi, do estado de Mato Grosso, defendem que a mitologia de origem do arco e da flecha simboliza a busca por objetivos de vida. Além do uso dos instrumentos para guerrear, pescar e caçar, eles afirmam que o arco e a flecha possuem um sentido mais profundo e milenar: o de alcance dos sonhos.
Desde criança, os indígenas Haliti-Paresi aprendem a usar a flecha mirando nos objetivos de forma equilibrada - e esse equilíbrio é representado pelas duas penas localizadas no final da flecha. A ponta afiada visa romper os obstáculos, dando sentido à crença milenar. Mas para as lideranças da etnia, para alcançar os objetivos é preciso um elemento principal, o coração. É ele que impulsiona a alcançar o objetivo proposto - por isso foi criado o arco que simboliza o coração.
Caciques da etnia explicam que muitas vezes as pessoas se lançam em diferentes objetivos e não entendem quando não alcançam nenhum. Os antepassados indígenas defendiam à época que todo ser humano deve possuir elementos da natureza internamente, como forma de garantir a centralidade emocional, física e espiritual.
De símbolo cultural nas aldeias a instrumento de modalidade esportiva, o arco e a flecha viraram símbolos de competição olímpica. Também conhecido como Tiro com Arco, passou a ser utilizado como esporte no século XVII, com um torneio realizado na Inglaterra. O esporte foi introduzido nos Jogos Olímpicos em 1900 e permaneceu até 1920. Depois de um tempo fora da competição, voltou a compor a agenda Olímpica na década de 70 e se encontra até os dias atuais.
Assessoria de Comunicação/Funai