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Presidente da Funai visita instalações da Operação Acolhida em Roraima
Foto: Operação Acolhida
O presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Marcelo Xavier, realizou na manhã de sexta-feira (5), em Boa Vista (RR), uma visita às instalações da Operação Acolhida, força-tarefa humanitária que recepciona, abriga e interioriza imigrantes que atravessam a fronteira venezuelana com o Brasil.
Acompanharam o presidente o diretor de Proteção Territorial, Cesar Augusto Martinez; o coordenador regional de Roraima, Osmar Tavares de Melo; o coordenador do Sul da Bahia, Lari Gomes; e a coordenadora de Gabinete da Diretoria de Proteção Territorial, Maria Camila de Camargo.
A comitiva foi recebida pelo coordenador operacional da Operação Acolhida, general Antônio Manoel de Barros, na sede da Operação. Na reunião, foram discutidos os principais aspectos relacionados à questão migratória de refugiados e migrantes venezuelanos indígenas.
Em seguida, o grupo visitou o Abrigo Pintolândia, que contém o maior número de indígenas refugiados da América Latina e é o mais antigo abrigo indígena da capital roraimense. Cerca de 620 refugiados indígenas venezuelanos da etnia Warao habitam o local. Na ocasião, a equipe da Funai participou ainda de uma apresentação de dança típica. Confira o vídeo:
Em fala aos indígenas, o presidente da Funai agradeceu a receptividade. “É um prazer ser recebido com essa calorosa recepção preparada por vocês. Podem contar com o apoio da Nova Funai. Fico muito contente em ver que estão sendo bem tratados aqui, neste grande esforço do Governo Federal. Somente juntos podemos vencer essa crise humanitária”, destacou Xavier.
Na sequência, a comitiva da Funai visitou o Abrigo Jardim Floresta, onde estão mais de 440 indígenas das etnias Warao e Ènepa e são oferecidos cursos gratuitos de capacitação aos abrigados. Xavier conheceu o artesanato produzido pelos refugiados e elogiou o trabalho desenvolvido. “A expertise da Funai com etnodesenvolvimento pode colaborar com a iniciativa da Operação Acolhida no sentido de promover a autonomia e dignidade das etnias. Queremos que os indígenas progridam, sejam autônomos e, principalmente, respeitados”, ressaltou.
Operação
A Operação Acolhida é coordenada pela Casa Civil e gerenciada pelas Forças Armadas. As instalações ficam na 1ª Brigada de Infantaria de Selva, do Comando Militar da Amazônia (CMA). A cada quatro ou cinco meses, o efetivo de militares da Acolhida é renovado. Desde o início, em 2018, cerca de 6 mil militares passaram pela força-tarefa.
Atualmente, cerca de 2.000 refugiados e migrantes venezuelanos indígenas dos grupos étnicos Warao e Ènepa são assistidos pela Operação Acolhida. Os refugiados e migrantes acolhidos contam com alimentação, atendimento médico e uma série de atividades. Eles recebem três refeições ao dia, em horários estabelecidos, e são responsáveis pela higienização das barracas. Há espaço para a prática desportiva, áreas de convivência e lavanderia.
Nos abrigos indígenas, há locais para confecção de artesanato e, em alguns dias da semana, são oferecidos espaços para a comercialização dos seus produtos. As crianças têm assistência do Fundo de Emergência Internacional das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e de outros parceiros, com oferta de entretenimento e educação.
Posse do novo coordenador da Funai em Roraima
Na quinta-feira (5), o presidente da Funai participou da cerimônia de posse do novo coordenador regional da Funai no estado de Roraima, Osmar Tavares de Melo. A solenidade ocorreu no auditório da Superintendência Regional da Polícia Federal em Roraima e contou com a presença de diversas autoridades convidadas. Confira os detalhes aqui .
Assessoria de Comunicação/Funai