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Máquinas agrícolas adquiridas pela Funai vão impulsionar produção em aldeias do Sul do país
Solenidade de entrega de máquinas agrícolas a indígenas Guarani e kaingang. Foto: CR Interior Sul/Funai
Um conjunto de equipamentos agrícolas adquiridos pela Fundação Nacional do Índio (Funai) irá impulsionar o desenvolvimento de atividades agrícolas das etnias Guarani e Kaingang, no Paraná e em Santa Catarina. As Terras Indígenas Kondá, Toldo Chimbangue, Toldo Pinhal e Palmas receberam cada uma um trator com carreta, plantadeira, adubadeira e grade aradora. O maquinário foi cedido às aldeias por tempo determinado.
Os tratores foram entregues às lideranças indígenas pela unidade descentralizada da Funai em Chapecó (SC) na terça-feira (25). A fundação investiu cerca de R$ 1,5 milhão no conjunto de equipamentos, que também será disponibilizado para outras Terras Indígenas realizarem suas atividades produtivas com mais eficiência.
Durante o ato de entrega, a coordenadora regional da Funai em Chapecó, Azelene Inácio, salientou a importância da autonomia econômica das aldeias. “O indígena não precisa ser pobre. Ele pode usar a tecnologia e buscar sua autonomia. Por isso estamos cumprindo mais um compromisso assumido pelo presidente da Funai, Marcelo Xavier, em dar condições para que as comunidades indígenas possam produzir seu próprio alimento e se desenvolver na construção e conquista de sua cidadania”, afirmou Azelene.
O cacique da Terra Indígena Kondá, Valdir Salles do Nascimento, disse que o trator vai ajudar bastante nas atividades agrícolas. “Vamos plantar feijão, batata doce, milho, que é o que a nossa comunidade consome”. O prefeito de Chapecó, João Rodrigues, também participou da solenidade. A prefeitura de Chapecó se comprometeu a ceder um servidor para realizar o treinamento dos indígenas na operação dos tratores.
Etnodesenvolvimento
O apoio às atividades produtivas é uma das prioridades da atual gestão da Funai. Nos últimos dois anos, a fundação investiu cerca de R$ 30 milhões em projetos voltados à geração de renda nas comunidades indígenas, atendendo aos preceitos constitucionais de respeito aos usos, costumes e tradições de cada etnia. Para o presidente da Funai, a promoção do etnodesenvolvimento é essencial no sentido de garantir a autonomia dos indígenas e fortalecer os laços nas aldeias. “Ao se desenvolver como comunidade produtiva, a aldeia passa a fortalecer sua identidade. Todos buscam melhores condições de vida. Com o indígena não é diferente. A busca por melhores condições de vida não representa perda de identidade étnica”, pontua.
Assessoria de Comunicação / Funai
com informações da Coordenação Regional Interior Sul