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Funai realiza levantamento sobre a vulnerabilidade dos indígenas Yanomami em Roraima
Foto: Divulgação/Funai
A Fundação Nacional do Índio (Funai) realizou, entre os dias 13 e 17 de setembro, em Roraima, um levantamento sobre a situação de vulnerabilidade dos indígenas recém contatados da etnia Yanomami. Fruto do trabalho de uma força-tarefa da Funai, a iniciativa envolveu visitas às comunidades, inspeções de abrigos, além de reuniões com lideranças indígenas e diversos órgãos governamentais.
Compuseram a força-tarefa o coordenador-geral de Índios Isolados e de Recente Contato, Marcelo Torres; o coordenador-geral de Promoção dos Direitos Sociais, Fabrício Magalhães; a coordenadora de Proteção Social, Natália Dias; o coordenador de Acompanhamento de Saúde Indígena, Oscar Marsico; e os servidores Jaqueline Conceição e Marco Aurélio Tosta.
De acordo com Fabrício Magalhães, o levantamento irá nortear as ações da Funai voltadas aos Yanomami. “Tivemos a oportunidade de levantar muitas informações, e, com isso, poderemos realizar um diagnóstico bem realista das condições da população Yanomami, com ações pontuais e específicas para combater as situações que geram a vulnerabilidade social desses indígenas”, destacou o coordenador-geral .
A comitiva participou de reuniões com representantes do Ministério Público Federal (MPF); dos abrigos municipais Pedra Pintada e Pastor Josué da Rocha; do abrigo estadual Viva Criança; do Hospital da Criança; do Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami (DSEI-Y), dos conselhos tutelares dos municípios de Boa Vista, Mucajaí, Caracaraí e Iracema; da Promotoria da Infância e Juventude de Boa Vista e Mucajaí; da Vara da Infância e Juventude de Boa Vista; da Secretaria do Trabalho e Bem-Estar Social (Setrabes); do Centro de Referência da Assistência Social (Cras) em Boa Vista; e do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) em Boa Vista, além de organizações indígenas e prefeituras.
Segundo Marcelo Torres, um dos principais resultados foi a criação de um grupo de trabalho para definir a ação de cada órgão e ator social envolvido. “Além do trabalho conjunto, é muito importante fazer o acompanhamento das ações e estabelecer indicadores para avaliar sua eficiência, sempre no intuito de minimizar o impacto do trânsito dos indígenas entre aldeia e cidade”, ressaltou o coordenador-geral de Índios Isolados e de Recente Contato da Funai.
“É fundamental delimitar as atribuições de cada órgão envolvido no fluxo de atendimento dos grupos indígenas em situação de deslocamento pendular para os centros urbanos, com ênfase nas crianças e adolescentes em situação de risco, a fim de se formular propostas de soluções nos limites de competência dos entes federais, estaduais e municipais responsáveis pelo atendimento dessa população”, completou Natália Dias.
Na ocasião, a comitiva realizou uma reunião de alinhamento com servidores da Frente de Proteção Etnoambiental Yanomami Ye’kuana, unidade descentralizada da Funai responsável por acompanhar e promover ações de proteção dos direitos dos indígenas Yanomami da região. A equipe visitou ainda, em Boa Vista, as instalações da Operação Acolhida, força-tarefa humanitária que recepciona, abriga e interioriza imigrantes que atravessam a fronteira venezuelana com o Brasil.
Assessoria de Comunicação/Funai