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Funai participa de operação de combate a pesca e caça predatórias em Terra Indígena no Mato Grosso
Foto: Divulgação
Nesta terça-feira (15), em ação conjunta entre a Fundação Nacional do Índio (Funai) e a Polícia Federal, foi deflagrada a Operação Ksenos, a fim de combater a pesca e caça predatória no interior da Terra Indígena Tadarimana, no município de Rondonópolis, em Mato Grosso. A ação contou com a participação da Coordenação Regional de Cuiabá, uma das unidades descentralizadas da Funai no estado.
Foram cumpridos mandados de prisão e de busca e apreensão, em desfavor de um indivíduo não-indígena, possível integrante de uma facção criminosa, acusado de praticar delitos ambientais no interior da Terra Indígena. Durante a busca, foram apreendidas três armas de fogo, redes e tarrafas utilizados para pesca predatória.
Ksenos é palavra de origem grega que significa aquele que vem fora. Assim, o nome da operação foi alusão ao não-indígena, acusado a praticar crimes em Terra Indígena.
Ações de fiscalização
No contexto da pandemia, a Funai já investiu cerca de R$ 17,2 milhões em ações de fiscalização Terras Indígenas de todo o país. As atividades são fundamentais para coibir ilícitos e garantir a segurança das comunidades, prevenindo o contágio dessas populações pela covid-19. Os valores foram destinados ao fortalecimento de ações de combate a crimes ambientais em TIs, como garimpo e extração ilegal de madeira, e também ao suporte a barreiras sanitárias a fim de impedir o ingresso de não indígenas nas aldeias.
Desde janeiro de 2020, a Funai apoiou cerca de 1200 ações de proteção territorial, as quais contemplaram 351 TIs. Desse total, mais de 500 ações foram voltadas ao enfrentamento da pandemia nas comunidades indígenas. A fundação apoiou a instalação de mais de 300 barreiras sanitárias e postos de controle de acesso em todo o território nacional. Ainda no mês de março de 2020, a fundação já havia suspendido as autorizações para ingresso em Terras Indígenas, com exceção dos serviços essenciais.
A Funai participou também de diversas operações interagências com foco na repressão de ilícitos nesses territórios, a exemplo da operação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) de combate à grilagem e desmatamento nas TIs Arara, Cachoeira Seca e Ituna-Itatá, e combate ao garimpo ilegal nas TIs Apyterewa, Kayapó e Trincheira Bacajá, no estado do Pará.
Atuação regional
A Coordenação Regional da Funai em Cuiabá atua junto aos povos indígenas das etnias Guató, Bakairi, Kayapó, Paresi, Chiquitano, Bororo, Negarotê, Nambikwara, Umutina, Wasusu, Halotesu, Terena e Aikanã. A unidade é responsável por coordenar e monitorar a implementação de ações de proteção e promoção dos direitos de populações indígenas nos estados de Mato Grosso, Rondônia e Pará.
A área de atuação desta unidade descentralizada da Funai abrange os municípios de Rondonópolis (MT), Comodoro (MT), Tangará da Serra (MT), Sapezal (MT), Campo Novo do Parecis (MT), General Carneiro (MT), Pontes e Lacerda (MT), Paranatinga (MT), Nobres (MT), Novo Progresso (PA) e Vilhena (RO), atendendo aproximadamente 12,3 mil indígenas.
com informações da Polícia Federal