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Funai incentiva produção de farinha de mandioca em aldeias de Minas Gerais e Espírito Santo
Família indígena Pataxó da aldeia Kana Mirray durante a produção de farinha na Terra Indígena Fazenda Guarani. Foto: Divulgação/Funai
Cerca de 108 famílias indígenas começaram a receber tachos fornecidos pela Fundação Nacional do Índio (Funai) para a produção de farinha de mandioca em aldeias dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo. A aquisição e distribuição do material é uma ação da Funai por meio da unidade descentralizada do órgão em Governador Valadares (MG). Todos os utensílios foram adquiridos com recursos próprios.
A fundação já entregou quatro tachos para aldeias da Terra Indígena Guarani e três para aldeias da Terra Indígena Tupiniquim. A entrega foi feita mediante uma parceria com a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) para distribuí-los às Coordenações Técnicas Locais (CTLs) de Aracruz, Carmésia, Resplendor, Santa Helena de Minas, São João das Missões e Teófilo Otoni, e posteriormente às aldeias. Esta é uma das etapas da implantação das Casas de Farinha nas comunidades indígenas. “Várias aldeias que produziam farinha exclusivamente para seu próprio consumo já passaram a produzir o suficiente para a comercialização, o que é uma fonte de renda para as famílias”, relata o coordenador da Funai na região, André Sucupira.
“Enquanto algumas aldeias recebem os primeiros tachos, em outras o aumento da produção exigiu a necessidade de adaptação à nova realidade. É o caso da Aldeia Encontro das Águas da Terra Indígena Fazenda Guarani, município de Carmésia (MG), e da Aldeia Irajá da Terra Indígena Tupiniquim, município capixaba de Aracruz”, observa Sucupira. “Gradualmente, está sendo criada uma nova estrutura de produção voltada não só para a autossuficiência, mas também para a comercialização da farinha e melhoria de vida das famílias indígenas”, destaca Sucupira.
O cacique da Aldeia Irajá, Gilcimar Neném, da etnia Tupiniquim Guarani, agradeceu à Funai pela iniciativa. “Eu queria agradecer pelos tachos de farinha que foram comprados e enviados aqui para o Espírito Santo. Esses tachos vão trazer uma produção de farinha mais elevada para nossa comunidade. Que a parceria continue”, pontou o cacique.
Assessoria de Comunicação / Funai
com informações da Coordenação Regional Minas Gerais e Espírito Santo