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AUTONOMIA
Funai apoia produção de mel de comunidades indígenas no Mato Grosso do Sul
Foto: Divulgação/Funai
A Fundação Nacional do Índio (Funai), por meio da Coordenação Regional (CR) de Campo Grande, entregou equipamentos para apoiar a logística do processamento de mel da Associação de Produtores de Mel da Aldeia Cabeceira (Amelca), Terra Indígena Nioaque (MS). A Funai é um dos parceiros da iniciativa, incentivando os grupos de apicultores indígenas a buscar autonomia na condução das atividades.
As aldeias contempladas foram Cabeceira, Água Branca, Taboquinha e Brejão. Entre os itens entregues estão 100 caixas de ninho, 100 melgueiras, oito fumigadores, dez macacões, dez pares de botas, uma mesa desoperculadora, um decantador, duas centrífugas, dez baldes plásticos e um cilindro.
O incentivo da Funai ao projeto é fruto de uma chamada pública promovida pela Coordenação Geral de Etnodesenvolvimento (CGEtno), que selecionou propostas para ações emergenciais de geração de renda e promoção de segurança alimentar, no contexto do enfrentamento à pandemia de covid-19.
O projeto busca atingir uma produção de 12kg de mel por melgueira ativa por ano (cerca de 3 toneladas anuais), além de obter certificado de produto orgânico para o mel produzido pelos indígenas e para a produção de mel das Terras Indígenas Nioaque, Limão Verde e Ofayé, bem como aumentar a renda dos produtores indígenas e capacitá-los em todas as etapas de produção apícola.
A coordenadora da CR Campo Grande, Tatiana Marques, tem atuado diretamente na ampliação do projeto para as demais Terras Indígenas da região. “O objetivo para próximo ano é ampliar o projeto para as outras comunidades, tornando as Terras Indígenas da jurisdição da CR Campo Grande um celeiro modelo de destaque na produção de mel”, destacou Marques.
O crescimento do mercado de mel no Mato Grosso do Sul despertou o interesse de diferentes etnias, como Ofayé e Terena, que passaram a investir na produção apícola. O projeto foi adaptado para contemplar, também, os grupos de apicultores da Aldeia Limão Verde, em Aquidauana, e da Aldeia Anodi, em Brasilândia.
Na Aldeia Limão Verde, os criadores estão organizados em torno do Coletivo Hó’o Mopó. O projeto vem evoluindo, também, para ampliar a participação das mulheres na atividade e contemplar a criação de abelhas sem ferrão, buscando recuperar as variedades nativas.
Assessoria de Comunicação/Funai