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Em Roraima, Funai segue com o levantamento sobre a vulnerabilidade social de indígenas do estado
Foto: Divulgação/Funai
A Fundação Nacional do Índio (Funai) realizou, entre os dias 11 e 15 de outubro, em Roraima, um levantamento sobre a situação de vulnerabilidade dos indígenas recém contatados da etnia Sanumá. A ação é um desdobramento do trabalho de uma força-tarefa da Funai iniciado em setembro e envolveu visitas às comunidades, além de reuniões com lideranças indígenas e diversos órgãos governamentais.
Compuseram a comitiva da fundação a coordenadora de Proteção Social, Natália Dias, e o coordenador de Acompanhamento de Saúde Indígena, Oscar Marsico. Na ocasião, a equipe visitou a Terra Indígena Sanumá, onde realizou uma escuta sobre a situação dos indígenas Sanumá, a fim de elaborar um diagnóstico sobre suas necessidades e demandas. A iniciativa contou com a presença dos servidores da Frente de Proteção Etnoambiental (FPE) Yanomami Thiago Lourêto e Israel Licurgo.
Durante a visita, os indígenas apresentaram o projeto Casa Ulu, voltada ao acolhimento de crianças indígenas órfãs e com deficiência física. De autoria dos próprios indígenas, a iniciativa acolhe, ainda, indígenas de outras etnias e conta com o suporte da Funai em sua elaboração.
"Os indígenas Sanumá querem contribuir para dar melhores condições de vida a essas crianças cujos pais estão impossibilitados de criá-las. Com esse projeto, eles também beneficiarão crianças de outras comunidades”, destacou Natália dias. A liderança indígena Renato Sanumá agradeceu ao presidente da Funai, Marcelo Xavier, o apoio dado pela fundação ao projeto Ulu.
Durante a viagem, a comitiva visitou também as instalações da Operação Acolhida, em Boa Vista (RR). A força-tarefa humanitária recepciona, abriga e interioriza imigrantes que atravessam a fronteira venezuelana com o Brasil. Na oportunidade, os representantes da Funai conversaram sobre a situação dos indígenas da etnia Warao.
Atualmente, cerca de 2.000 refugiados e migrantes venezuelanos indígenas dos grupos étnicos Warao e Ènepa são assistidos pela Operação Acolhida. Os refugiados e migrantes acolhidos contam com alimentação, atendimento médico e uma série de atividades. Eles recebem três refeições ao dia, em horários estabelecidos, e são responsáveis pela higienização das barracas. Há espaço para a prática desportiva, áreas de convivência e lavanderia.
Nos abrigos indígenas, há locais para confecção de artesanato e, em alguns dias da semana, são oferecidos espaços para a comercialização dos seus produtos. As crianças têm assistência do Fundo de Emergência Internacional das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e de outros parceiros, com oferta de entretenimento e educação.
Nos últimos dias de viagem, a comitiva, com o apoio do coordenador regional de Roraima, Osmar Tavares de Melo, se reuniu com representantes de diversas organizações indígenas do estado de Roraima, a fim de receber suas demandas e, também, dar início a um novo projeto socioassistencial e de etnodesenvolvimento para os indígenas da região, que será elaborado em cooperação com a Funai até 2022.
Por último, a comitiva visitou as unidades da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), responsável por atender a etnia Sanumá, e também a Casa de Saúde Indígena (Casai) no cidade de Boa Vista (RR).
Assessoria de Comunicação/Funai