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Em entrevista, Evandro Biesdorf detalha melhorias no setor de geoprocessamento da Funai
Evandro Biesdorf, coordenador-geral de Geoprocessamento da Funai. Foto: Mário Vilela/Funai
A Coordenação-Geral de Geoprocessamento (CGGeo) da Fundação Nacional do Índio (Funai) é reconhecida como polo de excelência técnica nas áreas de cartografia, geodésia e georreferenciamento no âmbito da fundação. Esta área técnica atua no apoio das ações institucionais de proteção territorial e gestão ambiental de Terras Indígenas por meio da utilização de equipamentos de localização e de georreferenciamento, ferramentas computacionais, imagens de alta resolução espacial e uma ampla e robusta base de dados geoespaciais.
Na entrevista desta semana, o coordenador-geral à frente da CGGeo, Evandro Marcos Biesdorf, fala sobre este importante setor da Funai. Servidor de carreira da fundação, Evandro gerencia projetos de georreferenciamento, cartografia e intercâmbio de informações geoespaciais, além de participar na produção de capítulos de livros e artigos científicos na área de agronomia.
Com mestrado em Fitotecnia pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), Biesdorf atualmente cursa o doutorado na mesma área pela universidade. Por meio do programa Ciência sem Fronteiras, ele estudou no Centre Universitaire D'Études Françaises em Grenoble e cursou um semestre de Master pelo Institut Supèrieur d'Agriculture de Lille, ambos na França. Confira a entrevista.
Pergunta: Quais são as principais atividades da Coordenação-Geral de Geoprocessamento (CGGeo)?
Resposta: A CGGeo atua principalmente com georreferenciamento de Terras Indígenas, geoprocessamento de informações, análises e produções de peças cartográficas, bem como modelagem, desenvolvimento, implantação e manutenção do banco de dados geográficos de apoio a toda a Funai. A coordenação possui participação relevante no apoio ao planejamento, a tomadas de decisões e à regularização fundiária, visto que possibilita a utilização de informações geoespaciais precisas que contribuem para a regularização fundiária dos territórios indígenas, o que aumenta a segurança jurídica da governança fundiária brasileira.
Pergunta: Quais foram as principais ações realizadas pela CGGeo no ano de 2020?
Resposta: A CGGeo analisou um total de 2.745 processos no ano de 2020, sendo 595 processos de licenciamento ambiental, 181 processos cartográficos de apoio à Procuradoria Federal Especializada da Funai, 270 requerimentos de reconhecimento de limites e 68 atendimentos diretos aos cidadãos por meio do sistema E-Sic. Ou seja, no geral, houve um aumento de mais de 80% nos processos analisados em relação aos anos e gestões anteriores, ressaltando-se ainda que 2020 foi um ano atípico, que exigiu novas estratégias gerenciais e técnicas por parte dos servidores.
Vale destacar ainda que, no ano de 2020, a CGGeo alcançou 37% de aumento no número de processos gerados, 10% de aumento no número de processos com tramitação na unidade, 71% de redução no número de processos não concluídos e 78% de redução no tempo médio de resposta dos processos. Isso evidencia que a criatividade e o comprometimento dos servidores proporcionaram resultados impressionantes.
Por fim, destacamos também que a CGGeo promoveu a melhoria da infraestrutura técnica com a aquisição de novos equipamentos, softwares e treinamentos dos servidores por meio de cursos de capacitação em pilotagem de drones, aerolevantamentos e georreferenciamento rápido-estático, alçando a CGGeo junto aos órgãos com melhores práticas técnicas de geomensura e geodésia.
Pergunta: E quais são as ações prioritárias da CGGeo para este ano?
Resposta: Para 2021 os objetivos principais se concentram na melhoria das rotinas internas, práticas administrativas e no fluxo de informações. Pretendemos adquirir e utilizar ferramentas de apoio à decisão como Bussiness intelligence e mineração de dados, além de melhoria do banco de dados geoespacial da CGGeo e, consequentemente, da Funai.
Pergunta: Durante a pandemia da covid-19, a Funai tem atuado de forma regular e consistente para impedir a disseminação da doença nas comunidades indígenas. Como foi a atuação CGGeo no contexto da pandemia e no atendimento às demandas da população indígena?
Resposta: Cientes de nossas atribuições, bem como da necessidade de proporcionar segurança sanitária e alimentar nas aldeias e comunidades indígenas, atuamos na modernização de toda a rotina de análises, agregando novas tecnologias de sensoriamento remoto e geocomputação. Estas ações, juntamente com a publicação da Instrução n° 9/2020, que autorizou a utilização da tecnologia do sensoriamento remoto para analisar as informações dos limites das Terras Indígenas, possibilitaram a economia de cerca de R$ 500 mil antes gastos em viagens de visitas de campo, com pagamento de diárias e passagens para obter informações que atualmente são possíveis de serem obtidas por sensoriamento remoto.
Esta economia foi revertida integralmente em repasses para assegurar a aquisição de gêneros alimentícios e de higiene para as comunidades indígenas, de modo a assegurar a prevenção ao contágio da covid-19, bem como a segurança alimentar nas comunidades indígenas.
Pergunta: O que você destacaria sobre o trabalho da CGGeo realizado na gestão do presidente Marcelo Xavier?
Resposta: O presidente da Funai, Marcelo Xavier, tem apoiado a aquisição de novos equipamentos, a capacitação de servidores das áreas finalísticas e incentivado a modernização por completo das metodologias de trabalho, melhorias dos fluxos e rotinas administrativas, e o aumento da precisão dos trabalhos técnicos. Assim, a atuação do presidente Marcelo Xavier tem possibilitado resultados positivos imediatos na qualidade dos trabalhos por meio do aumento de eficiência, acurácia e precisão, assegurando os direitos indígenas e aumentando a segurança jurídica nas ações de campo da instituição.
Assessoria de Comunicação / Funai