Notícias
Com apoio da Funai, iniciativa garante conservação de quelônios em Terra Indígena do Amazonas
Fotos: Quézia Martins, Brenda Capelari e Daniel Lima.
A Fundação Nacional do Índio (Funai) tem apoiado a iniciativa comunitária de conservação de tabuleiros de quelônios (tartarugas) amazônicos na Praia do Touro, localizada na Terra Indígena Apurinã do Igarapé Mucuim, município de Lábrea (AM). Desde 2015, os indígenas da aldeia Boa Esperança realizam a atividade de conservação da praia de desova dos quelônios durante o verão amazônico, período em que os animais procuram locais para reprodução. Confira o vídeo:
Por meio da Coordenação Regional localizada em Lábrea (CR Médio Purus) e da Coordenação-Geral de Gestão Ambiental (CGGAM), a Funai dá suporte ao projeto prestando apoio logístico para as ações de limpeza, construção do tabuleiro de desova e vigilância da praia, além de acompanhamento em campo durante a soltura dos filhotes. A iniciativa conta também com a parceria da Superintendência do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no Amazonas.
“A aldeia Boa Esperança tem para si a importância da preservação como garantia do meio ambiente ecologicamente equilibrado, gerando assim um compromisso social e ambiental na busca da digna qualidade de vida para presentes e futuras gerações”, destaca a chefe do Serviço de Gestão Ambiental e Territorial (Segat) da CR Médio Purus, Brenda Capelari, que acompanha o projeto.
Os quelônios amazônicos são uma importante fonte de alimento para indígenas e ribeirinhos da região do Médio Purus. As atividades ilícitas de captura em massa prejudicam o ciclo de reprodução e ameaçam o estoque desse recurso natural, bem como a segurança alimentar das comunidades.
“Esta atividade de preservação da praia de desova visa à proteção do meio ambiente, o fortalecimento da organização comunitária, sendo também benéfica para o desenvolvimento de outros animais, como as aves de praia e diversas espécies de peixes. Neste ano, cerca de dez mil filhotes de quelônios foram protegidos e soltos nos cursos d‘água”, acrescenta Brenda Capelari.
Assessoria de Comunicação / Funai