Notícias
Caminhão irá reforçar atendimento da Funai a indígenas do Mato Grosso
O veículo doado pelo MAPA é um Iveco Vertis com capacidade de 4 toneladas de carga (foto: CR Xavante/Funai)
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) transferiu um caminhão baú refrigerado para a unidade descentralizada da Fundação Nacional do Índio (Funai) do município de Barra do Garças (MT), Coordenação Regional Xavante. O veículo vai apoiar projetos de etnodesenvolvimento, atividades produtivas e entrega de cestas de alimentos em aldeias de sete Terras Indígenas da etnia Xavante, beneficiando cerca de 22 mil indígenas.
Segundo o presidente da Funai, Marcelo Xavier, a transferência do caminhão realizada pelo Mapa vai incrementar o suporte da fundação às atividades produtivas das comunidades indígenas. “Os produtores indígenas da região passam a contar com mais uma importante ferramenta em suas atividades sustentáveis, cuja geração de renda colabora para que eles se tornem autossuficientes e conquistem melhores condições de vida. Com total respeito à autonomia dessas comunidades, a Funai contribui para que elas conquistem novos mercados e alcancem independência econômica”, pontua Xavier.
O veículo também será utilizado como Unidade Móvel de Etnodesenvolvimento (UME) para o transporte de equipamentos e ferramentas que possibilitarão ao agente indigenista da Funai permanecer na aldeia com uma infraestrutura de apoio, explica o coordenador regional, Álvaro Peres. “A UME poderá transportar ferramentas e insumos que serão distribuídos nas aldeias para a realização de mutirões com os indígenas, como, por exemplo, a construção de casas e o trabalho em roças de subsistência”, acrescenta.
Para o coordenador regional, a Nova Funai aproximou a unidade descentralizada de Barra do Garças às aldeias Xavante ao diminuir a distância entre a população indígena e a Coordenação Regional. “Com esse caminhão vamos ampliar o apoio aos servidores da fundação para que eles possam se deslocar para a aldeia no início da semana, trabalhar junto à comunidade e se deslocar para outra aldeia na semana seguinte. Isso vai gerara economia de combustível, pois o servidor não vai precisar retornar para a sede da CR ao final de cada dia de trabalho”, conclui Peres.
Etnodesenvolvimento
Nos últimos dois anos, a Funai já investiu aproximadamente R$ 30 milhões em projetos voltados para a geração de renda nas aldeias e o fortalecimento cultural das comunidades indígenas, atendendo aos preceitos constitucionais de respeito aos usos, costumes e tradições de cada etnia. Os recursos foram destinados para ações que visam a autossuficiência dessas comunidades, como a aquisição de materiais de pesca, sementes, mudas, insumos, ferramentas, maquinário agrícola, apoio para o escoamento da produção e realização de cursos de capacitação para os indígenas.
Desde o início da pandemia do novo coranavírus, em março de 2020, a Funai destinou cerca de R$ 18 milhões em ações de etnodesenvolvimento nas aldeias de todo país. Os recursos foram destinados a atividades de piscicultura, roças de subsistência, colheita de lavouras, confecção de máscaras de tecido e artesanato, produção agrícola, casas de farinha, entre outros. O objetivo é fazer com que os indígenas mantenham a produção, além colaborar para que, no pós-pandemia, as etnias invistam em processos de geração de renda.
Assessoria de Comunicação / Funai
com informações da Coordenação Regional Xavante