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Etnodesenvolvimento
Associação indígena do MT recebe reconhecimento por projeto de pesca esportiva desenvolvido em parceria com a Funai
Foto: Débora Schuch/Funai
A Câmara Municipal de Canarana, no estado de Mato Grosso, concedeu uma Moção de Reconhecimento à Associação Pequizal Naruvôto pelo Projeto de Turismo de Pesca Esportiva. A iniciativa, realizada na Terra Indígena (TI) de mesmo nome, localizada nas cidades de Canarana e Gaúcha do Norte, é desenvolvida em parceria entre os indígenas e o setor privado, com apoio da Fundação Nacional do Índio (Funai).
A ideia da moção foi concebida pelo vereador Celsomar Schwendler, e teve aprovação da Câmara por unanimidade. Em agosto, o presidente da Funai, Marcelo Xavier, participou de uma visita técnica ao projeto . O objetivo foi conhecer em detalhes a iniciativa, que é referência no segmento.
“Fiquei muito entusiasmado com tudo o que vi aqui. Trata-se de um projeto ambientalmente correto, executado com muita responsabilidade e que traz o protagonismo dos indígenas para as atividades de turismo. A Funai apoia iniciativas como essa, que tem um potencial enorme para levar dignidade às aldeias”, frisou o presidente da Funai na ocasião.
Mazinho Kalapalo, que desenvolve o projeto em parceria com a pousada Recanto Xingu, recebeu a homenagem e falou sobre a importância do reconhecimento. “O projeto de pesca esportiva nos permitiu estruturar a aldeia. Nossa vida melhorou muito depois que o projeto começou. Esse reconhecimento é muito importante para todos nós, pois mostra que estamos no caminho certo”, afirmou.
O projeto
Morada das etnias Kalapalo e Naruvôtu, a Terra Indígena Pequizal Naruvôtu integra o Parque do Xingu e abriga rica região pesqueira. No projeto de pesca esportiva, a circulação dos turistas se restringe à zona de pesca, sem qualquer contato com a aldeia. Entre os pontos de destaque, está a confluência dos rios Sete de Setembro e Kuluene, os quais formam o Rio Xingu, uma área considerada sagrada pelos indígenas Narovôtu.
A iniciativa de base comunitária foi criada em 2017 e tem se mostrado essencial para os indígenas da região, já que os valores gerados se destinam à compra de equipamentos para as aldeias, alimentação, melhorias na infraestrutura da TI e apoio financeiro a outras etnias.
Assessoria de Comunicação/Funai