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Aldeia Kaingang do RS recebe apoio da Funai para cultivo de hortaliças e morangos
Algeu Carvalho, indígena Kaingang, organiza os grupos de trabalho conforme a disponibilidade de pessoal e a necessidade de mão de obra na horta (foto: CR Passo Fundo/Funai)
A Aldeia Indígena Goy Veso, localizada em Iraí, noroeste do Rio Grande do Sul, recebeu o apoio da unidade descentralizada da Fundação Nacional do Índio em Passo Fundo (RS) para a implantação do projeto de hidroponia no cultivo de hortaliças e morangos. O projeto, desenvolvido desde agosto de 2020, beneficia cerca de 40 famílias indígenas, que comercializam o excedente da produção na Feira de Agricultura Familiar e fornecem produtos para a merenda escolar da aldeia e para o Hospital Nossa Senhora Auxiliadora do município gaúcho.
O projeto recebeu o apoio da Coordenação Regional Passo Fundo, que forneceu sementes para a produção das hortaliças, e da Coordenação Técnica Local de Iraí, responsável por intermediar, junto à Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater/RS), a comercialização das hortaliças cultivadas pelas famílias indígenas Kaingang na cidade de Iraí. Idealizado pela própria comunidade indígena, o projeto conta com o financiamento da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), sendo executado por meio da chamada pública "Covid-19: Chamada pública para apoio e ações emergenciais junto a populações vulneráveis".
Conforme relata o coordenador regional da Funai, Aécio Galiza Magalhães, o sistema produtivo hidropônico realizado pelos produtores da etnia Kaingang foi pensado por meio de um diagnóstico participativo com o objetivo de garantir a oferta de alimentos saudáveis à comunidade indígena. “Dessa forma, a produção da aldeia possibilita ampliar as possibilidades da socioeconomia por meio do comércio de seu excedente. A operação e manutenção do sistema produtivo resulta na autossustentabilidade da comunidade indígena”, afirma.
“Esse tipo de iniciativa é muito importante para impulsionar a autonomia das comunidades indígenas. Por meio da Coordenação-Geral de Etnodesenvolvimento (CGETNO), a Funai tem apoiado os projetos voltados para a geração de renda de famílias”, completa Magalhães. Para o líder indígena Douglas Jacinto da Rosa, o sistema produtivo fortalece os laços comunitários nas aldeias, materializando a capacidade de organização dessas comunidades. “Da economia até a vida simbólica, da técnica necessária até a inovação da produção, o pano de fundo é o fortalecimento comunitário”, destaca.
Assessoria de Comunicação / Funai
com informações da Coordenação Regional Passo Fundo