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Homenagem ao Mês do Servidor traz a entrevista com o coordenador-geral de Geoprocessamento, Evandro Biesdorf
Evandro Biesdorf [primeiro à direita] durante testes do GPS Geodésico RTK com equipe da CGGeo/Funai
Nesta semana a série de entrevistas em homenagem ao Mês dos Servidores traz o coordenador-geral de Geoprocessamento da Fundação Nacional do Índio (Funai), Evandro Marcos Biesdorf, que ingressou na fundação em 2018. Com mestrado em Produção Vegetal pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), Evandro cursa atualmente doutorado na área, pelo qual participa de grupo de pesquisas em agroenergia e produção sustentável, tendo publicado 17 artigos em revistas científicas nacionais e internacionais e dois capítulos de livros sobre o assunto.
Evandro Biesdorf é graduado em Engenharia Agronômica no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT). Também realizou intercâmbio pelo programa Ciência sem Fronteiras no Centre Universitaire D’Études Françaises, em Grenoble, e no Institut Supèrieur d’Agriculture de Lille – ambos na França. Na Funai, ele coordena o setor responsável por georreferenciamento de Terras Indígenas, perícias fundiárias, gestão de projetos e geoprocessamento. Confira a entrevista.
Pergunta: Para você, o que significa trabalhar com a política indigenista?
Resposta: A população indígena no Brasil identificada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é de cerca de 900 mil pessoas. Ou seja, são 900 mil cidadãos brasileiros apoiados pela Funai nas mais diversas regiões do país, revelando a importância do trabalho desempenhado pelos servidores da fundação. Além disso, o trabalho com a política indigenista é uma oportunidade singular, pois possibilita conhecer regiões e culturas que eu não conheceria caso atuasse em outro órgão público. Isso é muito enriquecedor do ponto de vista pessoal e profissional, principalmente quando se observa que seu trabalho proporciona bem-estar indígena. São estas características da política indigenista que me proporcionam entusiasmo e satisfação, sobretudo por constatar que meu trabalho contribui para a autonomia e qualidade de vida desta população, objetivos da política indigenista brasileira.
Pergunta: Qual é a importância da Funai para a garantia dos direitos indígenas e da autonomia dos povos tradicionais?
Resposta: A Funai, enquanto representante do Estado Brasileiro, se mostra hoje como a maior agente impulsionadora de projetos e iniciativas para a autonomia dos indígenas. Nesse contexto, exemplos bem-sucedidos, como o da comunidade Paresi e de tantos outros no Brasil, mostram a importância do trabalho da Funai em trazer segurança jurídica e apoio técnico para a melhoria da qualidade de vida das comunidades indígenas. Cabe, portanto, a nós servidores atuar de maneira concreta e empenhada na busca da promoção da autonomia, que representa a própria efetivação dos direitos indígenas.
Pergunta: Qual projeto ou ação da Funai que você destacaria?
Resposta: O caso da comunidade Paresi foi o mais marcante projeto apoiado pela fundação e que representou uma quebra de paradigma, de tal forma que, hoje, a comunidade indígena atingiu a autonomia que sempre objetivava, gerando confiança, segurança jurídica, segurança alimentar, geração de renda, mantendo sua riquíssima cultura e aliando produção com sustentabilidade.
Pergunta: Qual mensagem você deixaria para os servidores da Funai neste Mês do Servidor?
Resposta: Que sejamos atraídos cada vez mais para a promoção dos direitos indígenas, promovendo o bem-estar desta população, encarando o trabalho como uma vocação e utilizando nosso conhecimento e experiências na busca do bem-estar das comunidades indígenas.
Assessoria de Comunicação / Funai