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Funai promove visitas técnicas para aprimorar atividades produtivas em aldeias do Mato Grosso do Sul
Iniciativa partiu da Coordenação Regional da Funai localizada em Campo Grande (MS). Foto: Divulgação
A Coordenação Regional (CR) de Campo Grande, uma das unidades descentralizadas da Fundação Nacional do Índio (Funai) no Mato Grosso do Sul, vem promovendo uma série de visitas técnicas a aldeias do estado. O intuito é ouvir as demandas e necessidades dos indígenas referentes ao desenvolvimento de atividades produtivas nas comunidades e viabilizar soluções e melhorias.
"Muitas lideranças indígenas chegam até a Funai reclamando da situação precária na agricultura. O objetivo das visitas técnicas às aldeias é identificar, in loco, os problemas que os afligem e, a partir do levantamento, tentar formar parcerias para solucionar ou amenizar os problemas. O projeto está no início, mas já estamos plantando as primeiras sementes", explica o chefe da Divisão Técnica da CR Campo Grande, Leopoldo José Costa.
A Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural de Mato Grosso do Sul (Agraer) é parceira da fundação no projeto. Representantes da Funai e da Agraer visitaram as comunidades e se reuniram com lideranças das aldeias Cabeceira, Água Branca, Taboquinha e Brejão, no município de Nioaque; aldeias Lagoinha, Córrego do Meio e Dez de Maio, em Sidrolândia; e Aldeia dos Andrés, no município de Dois Irmãos do Buriti.
De acordo com Tércio Jacques Fehlauer, pesquisador da Agraer, é preciso ampliar o serviço de assistência técnica nas áreas indígenas. “Constatamos um problema em comum: a terra enfraquecida, esgotada, falta um tratamento completo e personalizado, falta adubação corretiva”, aponta Fehlauer.
Segundo o presidente do Conselho Tribal da Aldeia dos Andrés, Oenisom Gabriel André, o projeto permite ações mais adequadas aos indígenas. “São 65 famílias em nossa aldeia. Atualmente, nossa produção é baseada na mandioca, banana, maçã e outras culturas, como milho e feijão de corda. Hoje nossa necessidade é a patrulha mecanizada”, comenta a liderança.
Para a coordenadora do Programa de Apoio as Comunidades Indígenas de Mato Grosso do Sul (Proacin), Loreta de Sousa, muitos aspectos interferem no desenvolvimento rural das comunidades. “De maquinário a agroindústria, ou apenas assistência técnica, são várias as demandas. A ideia é fornecer subsídio para que os indígenas permaneçam no campo com qualidade de vida, produzindo para subsistência e comercialização de seus produtos”.
No próximo dia 17, está prevista uma reunião entre Funai e Agraer para discutir ações a serem implementadas no sentido de atender às necessidades levantadas nas reuniões, entre elas, acompanhamento técnico e fornecimento de sementes, mudas, insumos e maquinário, a fim de fortalecer a agricultura familiar e outras atividades produtivas sustentáveis nas aldeias.
Assessoria de Comunicação / Funai