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Em entrevista à TV Brasil, presidente Marcelo Xavier detalha ações da Funai de combate à covid-19
O presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Marcelo Xavier, foi o entrevistado do programa Brasil em Pauta, da TV Brasil, exibido no último domingo (27). Na entrevista, entre outros assuntos, Xavier falou sobre as ações da Funai de combate à covid-19 junto às populações indígenas. Confira a íntegra.
Mais de 420 mil cestas básicas - o equivalente a 9,2 mil toneladas de alimentos - já foram distribuídas a indígenas durante o período da pandemia. Para realizar a parte logística dessa distribuição, a Funai contou com o apoio de diversos ministérios e secretarias, entre eles, o Ministério da Defesa, Ministério da Justiça e Segurança Pública e Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos.
Além do levantamento de recursos para a aquisição e transporte dos alimentos, Xavier relata que a chegada nas comunidades impôs um grande desafio logístico. “Chegar a esses lugares é muito difícil. As pessoas imaginam que é tudo asfaltado, de fácil acesso. O empenho dos servidores da Funai é intenso”, relata.
“A ideia é que eles não saiam das aldeias, que fiquem lá dentro, e tenham garantida a segurança alimentar. Essa é a medida mais adequada. Com isso, evitamos a disseminação do novo coronavírus”, explicou.
Segundo Xavier, mais de 62 mil kits de higiene e limpeza foram distribuídos, e 310 barreiras sanitárias foram montadas para fiscalizar o trânsito nas aldeias. Os investimentos chegaram a R$ 28 milhões.
“Na fiscalização territorial, foram investidos outros R$ 3,3 milhões. Foram 184 ações de fiscalização apenas no âmbito da pandemia de covid-19. Aglomerações, festividades e visitações às aldeias foram suspensas”, informou.
*Autonomia*
Sobre as atividades econômicas que podem ser viabilizadas nas comunidades tradicionais, Xavier explicou que sua gestão à frente da Funai não busca retirar escolhas e possibilidades dos indígenas, e sim orientá-las corretamente na direção mais segura de realizar escolhas.
“Quem tem que dizer o que deseja ou não deseja é o próprio indígena. As escolhas devem ser feitas por eles. A Funai não pode ser a casa do ‘não’. Ela tem que abraçar esses pedidos dos indígenas, verificar o que é possível e conscientizá-lo”, completou.
Assessoria de Comunicação / Funai
com informações da Agência Brasil