Notícias
Covid-19: Funai lança protocolo de saúde para viagens de artesãos indígenas durante o verão no Sul do país
Indígenas artesãos recebem orientação de equipes de saúde para a prevenção ao coronavírus no Terminal de Integração do Saco dos Limões, em Florianópolis (SC), durante a temporada de verão, março de 2020 (foto: CR Litoral Sul)
A unidade da Fundação Nacional do Índio (Funai) localizada em São José (SC) definiu um protocolo de saúde e segurança para o deslocamento e a permanência de artesãos indígenas nas cidades turísticas de Santa Catarina durante a alta temporada. O documento reúne recomendações aos indígenas e também ao poder público, a fim de garantir a proteção social e o bem-estar das famílias que anualmente se deslocam das aldeias e se instalam nessas cidades até o final do verão, em março, para comercializar seus produtos.
Acesse a íntegra do Protocolo de Saúde e a Portaria Nº 08 de 14 de outubro de 2020
Aos artesãos indígenas que pretendem se deslocar, o protocolo de saúde e segurança recomenda utilizar sempre máscaras; manter a distância mínima de 1,5 metro de outras pessoas, e evitar ao máximo aglomerações, principalmente durante a exposição e venda do artesanato; lavar as mãos com água e sabão antes e após se deslocar pelo município para venda de artesanato, e após o manuseio dos materiais; realizar a limpeza do artesanato sempre que necessário e após o manuseio desses itens por outras pessoas.
Também é necessário comunicar imediatamente o surgimento de sintomas aos órgãos públicos responsáveis, como dores no corpo, febre, tosse, dificuldade de respiração, para atendimento e adoção de medidas imediatas, mantendo isolamento social. Ao estabelecer ainda recomendações para municípios de origem e destino dos indígenas, o protocolo de saúde e segurança mobiliza outras três unidades da Funai na Região Sul: as coordenações regionais em Passo Fundo (RS), Guarapuava (PR) e Chapecó (SC).
Medidas recomendadas para antes do deslocamento
Entre as recomendações para as unidades da Funai, destacam-se:
• viabilizar a testagem para covid-19 antecipadamente em todos os indígenas que vão se deslocar;
• auxiliar as equipes de saúde a fim de acompanhar e verificar a realização de testagem para covid-19 em todos os indígenas que vão se deslocar;
• definir, com os municípios de destino dos indígenas, o planejamento sobre períodos de estadia dos indígenas, alojamento, alimentação, assistência social, atendimento de saúde, locais de exposição/venda de artesanato e o acompanhamento das ações;
• garantir que o deslocamento dos artesãos indígenas seja realizado com máscaras de proteção e itens básicos de higienização.
Aos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) dos municípios de origem dos indígenas, o protocolo recomenda:
• contribuir no trabalho social com as famílias indígenas sobre os aspectos necessários para um deslocamento seguro em tempos de pandemia e na organização dos deslocamentos com os municípios de destino.
Medidas recomendadas durante o deslocamento
Entre as recomendações ao poder público, estão:
• acompanhar e monitorar constantemente as condições dos indígenas;
• orientar e fornecer informações aos municípios de destino em relação ao acolhimento social e atendimento dos indígenas;
• acompanhar e monitorar a evolução de prováveis casos de covid-19 nos municípios, orientando os indígenas conforme cada situação;
• acompanhar e monitorar os alojamentos dos indígenas com suporte e condições mínimas de estrutura (água, energia), segurança e higiene, garantindo a dignidade desses indígenas.
Medidas recomendadas durante o retorno às aldeias
O protocolo de saúde e segurança define as seguintes orientações às equipes de saúde, CRAS dos municípios de origem e equipes de Acolhimento Social da Assistência Social dos municípios de destino:
• viabilizar a realização de testagem da covid-19 antecipadamente em todos os indígenas que vão retornar às aldeias;
• permanecer em local isolado durante um período mínimo de 14 dias, antes de entrar novamente na aldeia e ter contato com outros indígenas;
• disponibilizar locais adequados para isolamento temporário (quarentena) dos indígenas antes do retorno às aldeias de origem.
Assessoria de Comunicação / Funai
com informações da CR Litoral Sul