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Com apoio da Funai, Unidade de Referência Tecnológica do Café é implementada em aldeia do Mato Grosso
Cultivo de café clonal na aldeia Massepô do povo Umutina, em Barra do Bugres (MT). Foto: Divulgação.
Indígenas do povo Umutina da aldeia Massepô, localizada no município de Barra do Bugres (MT), receberam mudas de café clonal doadas pelo governo do estado para a implantação da 1° Unidade de Referência Tecnológica (URT) do Café em aldeia da baixada cuiabana. O projeto conta com o apoio da Fundação Nacional do Índio (Funai) e tem o objetivo de fomentar e fortalecer a cadeia produtiva do café como atividade sustentável de geração de renda às comunidades.
A iniciativa faz parte do Programa Mato Grosso Produtivo-Café, executado pela Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf) e pela Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer). A URT possui área de um hectare e serve para monitorar a adaptação do café na região, com o intuito de expandir a cultura do produto no estado.
O cacique da aldeia Massepô, Felisberto Cupudunepá, destaca que o plantio do café é uma importante alternativa de renda para a comunidade. “O café tem uma boa produtividade e durabilidade, e seu cultivo é menos trabalhoso se comparado a outras culturas”, acrescenta a liderança.
Ainda segundo Felisberto, toda a aldeia está envolvida no projeto e segue empenhada nos trabalhos. “O caminho é esse, primeiro buscar conhecimento, trabalhar, e aos poucos ampliar a área de cultivo”, destaca. De acordo com o cacique, a pretensão é alcançar, nos próximos dois anos, a produção de mais de 30 mil pés de café.
O café clonal é uma técnica desenvolvida pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) do estado de Rondônia. Os clones, oriundo de mudas selecionadas, são produzidos por um processo de hibridação, fruto do cruzamento de duas espécies de café, Conilon e Robusta. Além de boa produtividade e resistência a doenças, o produto apresenta características como maturação igualada dos frutos, aspecto que melhora a produção e a qualidade dos grãos.
Assessoria de Comunicação/Funai