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Com apoio da Funai, povo Paiter-Suruí fecha venda de castanha para rede de supermercados em MT
Embalagens personalizadas da castanha coletada na mata nativa da Terra Indígena Sete de Setembro
A Cooperativa de Produção e Desenvolvimento Indígena Paiter (Coopaiter), do povo Paiter-Suruí, comercializou 200 quilos de castanha do Brasil para uma rede de supermercados da cidade de Sorriso, Mato Grosso. O produto foi entregue em 500 potes de 100 gramas e 500 pacotes de 300 gramas, prontos para a revenda no varejo. Com a negociação, a cooperativa indígena obteve um faturamento de cerca de R$ 8,5 mil. Na safra deste ano, a produção total foi de duas toneladas de castanha, com faturamento de R$ 60 mil.
A Fundação Nacional do Índio (Funai), por meio da Coordenação Regional de Cacoal (RO), apoiou os produtores indígenas com o fornecimento de combustível, a manutenção dos tratores para a retirada da castanha da mata e o transporte entre as aldeias e a sede da agroindústria de beneficiamento, na cidade de Cacoal (RO). A unidade da Funai também realizou a reforma das instalações da agroindústria onde a castanha é beneficiada e embalada.
Toda a produção é proveniente de árvores nativas da Terra Indígena Sete de Setembro, cuja área se estende entre os estados de Rondônia e Mato Grosso. Anualmente, a coleta é feita entre os meses de novembro e abril, período em que cerca de 200 indígenas trabalham na coleta da castanha dentro da mata fechada. Outros nove indígenas atuam no seu beneficiamento realizado na agroindústria em Cacoal.
“A importância da castanha do Brasil para o povo indígena da floresta é o que significa para nós, para a nossa cultura. A castanha serve de remédio para a pele junto com o urucum [quando são] misturados. E também para alimentação. A gente mistura com outro alimento como cará, mandioca, carne. E também, hoje, como a gente está vivendo no meio da sociedade, a castanha é fonte de renda para o povo indígena”, afirma o presidente da Coopaiter, Henrique Yabadai Suruí.
De acordo com a coordenadora regional da Funai de Cacoal, Lílian Félix Borges, “o apoio às atividades extrativistas da castanha do Brasil pelas famílias Paiter-Suruí é de extrema importância para a garantia da segurança alimentar e manutenção da identidade cultural de seu povo, tendo em vista que a coleta de castanha é uma atividade praticada há gerações”, conclui.
Assessoria de Comunicação / Funai
com informações da Coordenação Regional Cacoal (RO)