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Cerimônia em Manaus (AM) marca a entrega de 60 mil cestas básicas a indígenas
O governo federal vai distribuir 60,2 mil cestas de alimentos a indígenas do Amazonas. Parte dos alimentos foi entregue, nesta quarta-feira (17), durante cerimônia realizada na capital, Manaus. O evento contou com a presença da titular do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, ministra Damares Alves, e do assessor de Assuntos e Pesquisas da Fundação Nacional do Índio (Funai), Claudio Badaró.
Durante a solenidade, a ministra lembrou que a iniciativa simboliza o cuidado do governo com esses povos e contribui para a permanência dos indígenas nas aldeias, evitando, assim, o contágio. "Eles precisam estar confortáveis e com garantia alimentar. Como não sabemos até quando irá durar essa situação, já estamos buscando outros meios para trazer uma quantidade maior de cestas", informou.
Ao falar sobre a importância da ação articulada do governo federal em prol dos indígenas, Claudio Badaró citou como exemplo o caso do Amazonas, que possui uma série de particularidades no planejamento e execução de políticas públicas. "Esta região tem dimensões continentais, praticamente, com inúmeros rios, o que torna a logística complicada", esclareceu.
"A despeito do que divulgam, estamos atendendo de forma contínua todas as comunidades pelo Brasil afora. Às vezes, não na velocidade que gostaríamos, mas de acordo com as condições que temos", completou Badaró.
As etnias beneficiadas pela entrega de alimentos no Amazonas são: Apurinã, Arapaço, Banawá, Baniwa, Baré, Camadeni, Deni, Dessano, Hexkaryana, Hupdäh, Jamamadi, Jaminawa, Jarawara, Jiahui, Juma, Kahyana, Kaixiana, Kambeba, Kanamari, Karipuna, Katukina, Kaxuyana, Kokama, Koripaco, Korubo, Kubeo, Kulina, Kulina Madjah, Kulina Pano, Maku, Maku-Yuhup, Marubo, Matis, Mayoruna, Miranha, Munduruku, Mura, Nadëb, Parintintin, Paumari, Pirahã, Piratapuia, Sateré-Mawe, Tariano, Tenharin, Ticuna, Torá, Tshon Dyapa, Tuyuka, Wanano, Witota e Yanomami.
A cerimônia, realizada em uma das sedes da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), também foi acompanhada pelo governador do Amazonas, Wilson Lima; pela secretária nacional de Promoção da Igualdade Racial, Sandra Terena, pela secretária nacional adjunta da Proteção Global, Maíra Miranda, e pelo coordenador da Funai na região, Francisco de Souza Castro.
Ações da Funai
Desde o início da pandemia, a Funai distribuiu 90,8 mil cestas básicas (doações e recursos próprios), 44 mil kits de higiene e limpeza e enviou mais de 200 mil Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) a servidores das 39 Coordenações Regionais, 240 Coordenações Técnicas Locais, 11 Frentes de Proteção Etnoambiental e 20 Bases de Proteção Etnoambiental da fundação.
Ainda no mês de março, a fundação suspendeu as autorizações para ingresso em terras indígenas. Atualmente, dá suporte a 193 barreiras sanitárias para impedir a entrada de não indígenas nesses territórios. O órgão também promove, por meio das suas Coordenações Regionais, atividades de conscientização sobre os riscos de contágio e campanhas de doação de insumos.
"Nossa missão é resgatar a dignidade humana. A ministra não tem poupado esforços para tentar acabar com a fome das inúmeras comunidades desfavorecidas do Brasil. Muitas vezes somos alvo de críticas em nossas ações, mas temos a consciência tranquila de que todos nós estamos dando o nosso melhor para não deixar ninguém para trás. Sabemos o trabalho gigante que o MMFDH tem realizado", concluiu Badaró.
Plano de Contingência
A distribuição de cestas básicas compõe o Plano de Contingência para Pessoas Vulneráveis, anunciado pelo governo federal com o objetivo de minimizar os impactos da pandemia do novo coronavírus. Para povos e comunidades tradicionais, a medida prevê o investimento de R$ 4,7 bilhões.
O MMFDH é o órgão responsável por coordenar e consolidar as ações e os recursos no âmbito do projeto, que reúne diversos integrantes do Poder Executivo Federal. O Plano foi dividido em três eixos: saúde (medidas sanitárias e de atendimento); proteção social (distribuição de cestas, insumos, kits de higiene); e proteção econômica (transferência de renda). No caso dos alimentos entregues a indígenas, a compra dos itens é realizada pela Conab, com recursos do MMFDH, e a distribuição é feita pela Funai.
Assessoria de Comunicação / Funai
com informações do MMFDH