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Etnodesenvolvimento
Apoio a atividades produtivas é tema de reunião entre o presidente da Funai e lideranças indígenas
Presidente Marcelo Xavier em reunião com grupo de agricultores indígenas. Foto: Mário Vilela/Funai
O presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Marcelo Xavier, recebeu nesta quinta-feira (03), em Brasília, uma comitiva de agricultores indígenas de diferentes etnias. O objetivo da reunião foi discutir o apoio a atividades produtivas e socioeconômicas em Terras Indígenas, bem como a implementação de projetos ligados ao etnodesenvolvimento.
Segundo Xavier, a Funai está aberta ao diálogo com os indígenas para ouvir suas demandas e procurar soluções que resultem em melhoria de vida nas aldeias. “Temos vários exemplos de etnias que alcançaram sua autonomia por meio da produção sustentável, como os Paresi, do Mato Grosso. Esses casos de sucesso podem servir de modelo para outras comunidades, sempre respeitando a autonomia e a vontade de cada etnia”, comentou.
O presidente ressaltou ainda que está em andamento a aquisição de 40 tratores para apoio ao plantio em diversas Terras Indígenas. A intenção é contribuir para que as comunidades mantenham a produção, além de colaborar para que, no período pós-pandemia, os indígenas invistam e processos de geração de renda. Nos últimos meses, a Funai investiu cerca de R$ 12 milhões em projetos ligados ao etnodesenvolvimento em Terras Indígenas.
Apoio à produção
Segundo Felisberto de Souza, do povo Umutina, muitos indígenas querem apoio para implementar atividades produtivas em seus territórios, como agricultura e agropecuária. “Além de trazer garantia alimentar às famílias indígenas, as atividades promovem a ocupação das áreas e geram renda para toda a comunidade”, apontou Felisberto.
“Nós do povo Paresi utilizamos apenas uma pequena parte do território para desenvolver nossa agricultura de forma organizada e sustentável. A atividade nos permite produzir alimento para consumo e também para comercialização, o que movimenta nossa economia e fortalece ainda mais nossa cultura”, destacou Arnaldo Zunizakae, liderança Paresi. A etnia soma 18 mil hectares de área plantada e fatura cerca R$ 20 milhões ao ano, utilizando apenas 1,55% do seu território.
Pela Funai, também estiveram presentes na reunião o assessor de Acompanhamento a Estudos e Pesquisas, Claudio Badaró; o assessor responsável por Instâncias Parlamentares, Antônio de Freitas; o assessor de Articulações, Fabrício Magalhães; o coordenador-geral de Promoção à Cidadania, Joany Arantes; a coordenadora-geral de Licenciamento Ambiental da Funai, Carla Fonseca; a coordenadora-geral de Gestão Ambiental, Paula Santana; o coordenador-geral de Promoção ao Etnodesenvolvimento, Juan Scalia; o coordenador regional da Funai em Cuiabá, Benedito Garcia; e o servidor Sebastião de Souza, da Assessoria Parlamentar.
Assessoria de Comunicação/Funai