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Guarani e Tupiniquim comercializam mel diferenciado que conquista restaurantes nacionais
Os Guarani e Tupiniquim de Aracruz, norte do Espírito Santo, se uniram na comercialização do mel de uma abelha nativa do Brasil e sem ferrão, a uruçu-amarela. Mais líquido e ácido que o convencional, o mel da Tupyguá, linha de produtos agroecológicos indígenas, tem um sabor marcante e já compõe pratos de grandes restaurantes do país.
O projeto de criação de abelhas em caixa possibilitou a retomada do uso do mel pelos indígenas. A tradição extrativista foi interrompida pela diminuição das uruçus-amarelas na Mata Atlântica, processo decorrente da supressão da vegetação nativa para plantações de eucaliptos destinados à produção de celulose, a partir da década de 60. Atualmente, mais de 100 indígenas de 12 comunidades Guarani e Tupiniquim produzem, em média, 600 kg de mel por ano.
Tiago Barros, presidente da Cooperativa de Agricultores Indígenas Tupiniquim e Guarani de Aracruz (Coopyguá), compartilha os próximos objetivos da Tupyguá: "Estamos em busca da certificação estadual, municipal e do Serviço de Inspeção Federal. Ela vai nos possibilitar exportar o mel. Já há o interesse de pessoas em levar o produto para fora do país. Nós queremos construir uma casa do mel, um entreposto, para a gente fazer o beneficiamento e conseguir a certificação."
Assesoria de Comunicação/Funai