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Funai aposenta servidora com maior tempo de carreira na instituição
Aposentou-se hoje (02) a servidora com maior tempo de serviço prestado à Funai. São 49 anos de uma história de vida que se enlaça e converge com a narrativa da instituição. Socorro Nascimento Morais, de 72 anos, faz do prazer em ajudar servidores e indígenas o fôlego para notável permanência.
"Para mim, o mais importante é saber que as pessoas podem contar comigo, que posso resolver seus problemas", afirma a servidora que durante toda sua trajetória atuou na área meio, com ênfase na gestão de pessoas.
Em 1970, aos 23 anos de idade, Socorro ingressou na Funai em São Luiz-MA, onde trabalhou por 11 anos. Desde 1981, participa da história do órgão indigenista na sede da fundação, em Brasília, unidade em que exerceu suas funções em setores voltados à contabilidade, à área de gestão financeira e ao Serviço de Cadastro da Coordenação-Geral de Gestão de Pessoas, onde trabalha há 35 anos.
O "amor pela instituição", segundo suas palavras, não se limita ao serviço prestado e ao conhecimento adquirido, a Funai também foi cenário da história pessoal de Socorro Morais. Nela, a servidora conheceu o marido e, posteriormente, viu os três filhos darem passos significativos em suas vidas profissionais.
"Durante muito tempo, na infância, eu tive inveja das pessoas da Funai e da própria Funai", comenta Juliana Morais, filha de Socorro, em tom de brincadeira. "Meus pais passavam o dia todo aqui e eu ficava em casa, mas, depois, quando vim trabalhar aqui pude entender a paixão que ela tinha pela instituição e pelas pessoas. Hoje eu vejo o quanto isso é importante para ela e como está sendo difícil sair agora", completa a jovem.
Leonice Maria Silva, que trabalha com Socorro há 15 anos no Serviço de Cadastro, enfatiza o quanto o ânimo da colega é inspirador. "Ela sempre chega disposta a efetivamente trabalhar, mesmo próximo à aposentadoria. Nesse vigor todo, nesse astral, eu não conheço outro servidor com a mesma força de querer fazer o melhor pela instituição, no mesmo vigor, no mesmo astral", explica Leonice.
Para Socorro, a aposentadoria não é fim da história com a Funai. O desejo de exercer o trabalho voluntário na instituição tem sido constantemente enfatizado. "Vou resolver algumas coisas pessoais e depois quero poder ajudar de alguma maneira", comenta.
Memória Institucional
A permanência de um servidor na organização é fundamental para desenvolvimento e aprimoramento do saber institucional. Enquanto o indivíduo tem a oportunidade de crescer e aperfeiçoar sua atuação em aspectos profissionais, A Funai também é enriquecida pela construção coletiva do conhecimento indigenista e pela vida que os servidores investem na instituição.
Haroldo Rezende, coordenador-geral de Gestão de Pessoas substituto, pondera que as diferentes gerações têm relações distintas com o trabalho e fazer com que os servidores das gerações mais recentes consigam se enxergar no resultado do que produzem é um dos desafios atuais da gestão de pessoas.
"Os concursos, em geral, dificilmente avaliam aspectos que transcendem à questão cognitiva. Um dos nossos desafios é fazer um processo seletivo que aponte pessoas que possam se identificar com o indigenismo e não com a remuneração ou com um mero cargo público federal. Vendo o caso da Socorro nós temos pensado 'o que podemos compreender de uma pessoa que se manteve 35 anos no mesmo trabalho e se mantendo feliz com aquilo? Que estratégias desenvolveu para estar satisfeita com o que faz? Daí surgem novas ideias de valorização do servidor'", destaca o coordenador que também aponta a Semana Indigenista como uma das ferramentas de troca de experiências e reconhecimento da trajetória profissional dos servidores na instituição.
Assessoria de Comunicação/Funai