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Participação indígena é destaque na Conferência de Cultura em Barra do Garças
A IV Conferência de Cultura de Barra do Garças , que ocorreu no dia 21 de setembro, contou com forte participação da Funai e dos povos indígenas da região. O evento, que teve como tema Cultura como vetor do desenvolvimento econômico e social , abordou questões relativas à organização da cultura na sociedade e, principalmente, ao desenvolvimento econômico e social da classe de artistas e demais agentes culturais.
A Funai, que ocupa a presidência do Conselho de Cultura em Barra do Garças-MT, contribuiu com a organização do evento, junto à Secretaria Municipal de Cultura, e promoveu a discussão a respeito da importância da cultura indígena para o município, incentivando a participação dos Boe-Bororo e dos Xavante na qualificação do diálogo. Três representantes da comunidade Xavante e sete da comunidade Boe-Bororo, entre eles Maria Auxiliadora, presidente da Associação de Mulheres Bororo, atuaram como delegados e outra indígena, Samantha Ro'otsitsina Juruna, palestrou no eixo Cultura e Diversidades.
Domingos Sávio, do povo Boe-Bororo, celebrou o aprendizado proveniente da iniciativa: "Eu tô achando muito importante porque a gente está tendo mais conhecimento das culturas regionais que se misturam com a nossa."
Além dos indígenas, artistas, demais representantes dos segmentos culturais e membros do Conselho Municipal de Cultura definiram propostas a serem debatidas na conferência estadual em Cuiabá, que vai ocorrer nos dias 30 de novembro e 1º de dezembro. Gabriel Muria, servidor da Funai e Presidente do Conselho Municipal de Cultura, destaca, entre as propostas definidas com enfoque indígena, a regulamentação estadual para uso do ICMS ecológico proveniente de áreas com terras indígenas em atividades culturais que valorizem as tradições desses povos.
Muria ressalta, ainda, a representatividade da população indígena entre os delegados da sociedade civil, que representarão o município na conferência estadual, e comemora a conquista do espaço: "No universo de 12 delegados da sociedade civil, sete são indígenas, ou seja, mais da metade. (...) Apesar da realidade da região, nós temos trazido essa perspectiva indigenista e conseguido abrir esses espaços para os povos originários."
Assessoria de Comunicação/Funai