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Nota de pesar pelo falecimento do indígena e servidor Nino Fernandes
A Fundação Nacional do índio lamenta o falecimento da liderança histórica do movimento indígena da Amazônia, Nino Fernandes, 63 anos, do povo Ticuna, do Alto Solimões (Amazonas), ocorrido na última terça-feira (06).
Nino Fernandes foi um dos fundadores do Conselho Geral da Tribo Ticuna (CGTT), ao lado das também lideranças Paulo Mendes e Pedro Inácio, e uma das principais referências da luta pela demarcação das terras indígenas do povo Ticuna.
Teve destacada atuação na educação indígena e era diretor do Museu Magüta, localizado no município de Benjamim Constante, o primeiro museu indígena do país, criado por ele em 1990 com apoio dos antropólogos João Pacheco de Oliveira e Jussara Gruber.
Em nota, a Coordenação Regional Alto e Médio Solimões da Fundação Nacional do Índio (Funai) afirma que ele morreu por volta de 23h desta terça-feira, no Hospital do município de Benjamim Constant, de infarto. Fernandes era servidor da Funai desde 1986, onde ocupava o cargo de monitor bilíngue da instituição.
"Além de servidor da Funai, Nino foi um dos principais líderes ícones de luta, força, garra, persistência e resistência do Movimento Indígena no Alto Solimões cuja postura sempre foi preparar caminho para as próximas gerações", diz nota divulgada pela CR Alto e Médio Solimões.
"Aos 63 anos de idade, Nino encerra sua jornada em vida, mas temos a certeza que ele deixou um legado de luta e coragem em cada um que o conheceu e jamais se apagará de nossas memórias. Descanse em paz Nino! O velório está sendo na aldeia Filadélfia", conclui a nota, assinada por Mislene Mendes, coordenadora da Funai no Alto e Médio Solimões.
Foto divulgada pela Funai/CR Alto e Médio Solimões e informações retiradas do site Tribuna do Amazonas