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Funai instala Comitê Regional e amplia diálogo com povos indígenas no estado do Maranhão
Para aprimorar melhorias no atendimento às comunidades indígenas do Maranhão, que somam cerca de 38 mil habitantes no estado, a Funai reinstalou o Comitê Regional na cidade de Imperatriz-MA em evento que contou com várias lideranças indígenas. "Este órgão é uma instância responsável por promover a participação dos povos no diálogo e na elaboração das políticas públicas da Funai", esclarece a coordenadora regional, Ruth Pacheco, durante a reinstalação do Comitê nos dias 29 e 30 de agosto.
Conforme disse o presidente da Funai, Wallace Moreira Bastos, o principal aspecto sobre a reinstalação do Comitê Regional no Maranhão é retornar à interlocução com a comunidade indígena. "Nós tivemos várias lideranças aqui, todo mundo junto com a Funai para acharmos as soluções de que precisamos. O grande ganho hoje é a volta do diálogo, que não deveria ter parado nunca", afirmou o presidente da fundação.
A coordenadora geral da Articulação de Mulheres Indígenas do Maranhão (AMIMA), Maria Helena Gavião, disse que as comunidades tinham uma preocupação com a falta de outra instância de interação com a Funai, sanada com a instalação do Comitê Regional. "Para a gente, povos indígenas, é um avanço que estamos tendo nesse momento. A gente se sente honrado e feliz com isso. Espero que possamos avançar mais", pontuou a líder indígena.
De modo sucinto, Manatxika Guajá, falou sobre a importância de todos "estarem em parceria discutindo o direito dos indígenas". Os Awá-Guajá são o único povo em situação de pouco contato com não índios no Maranhão. O coordenador da Frente de Proteção Etnoambiental Awá, Bruno de Lima e Silva, destaca que o Comitê pode proporcionar "condições de discussão com os povos indígenas, autonomia a estes povos, e participação efetiva deles nas nossas políticas públicas", ressaltou o indígena.
Edinara Guajajara, da Terra Indígena Bacurizinho, e integrante do Comitê, espera que este espaço diminua "a distância que a Funai esteve dos povos indígenas, facilitando o diálogo. O Comitê é muito importante para a gente porque vai ouvir as bases de fato, como não estava sendo feito há muito tempo. Então, nós só queremos que o comitê cresça, e que possamos desempenhar um trabalho juntamente com as nossas coordenações regionais aqui no Maranhão", declarou.