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Funai, ICMBio e IBAMA iniciam Operação em terra indígena
Acionado pela Fundação Nacional do Índio (Funai), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) deu início a um diagnóstico sobre as informações de ataques de onças que vêm ameaçando a segurança dos indígenas do Alto Xingu.
O registro de que dois indígenas morreram por ataque do animal promoveu a união do ICMBio, Funai e IBAMA em uma operação que iniciou ontem (4) denominada Ianumaka, nome da onça-pintada para os Waurás, povo envolvido no conflito.
Rogério Cunha de Paula, do Centro Nacional de Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Terrestres (Cenap), será o responsável por coordenar o diagnóstico e indicar medidas de emergência, a fim de se manter a segurança dos indígenas. A estratégia é a de analisar a ocorrência e o risco potencial de novos ataques. O Cenap trabalha com a possibilidade da necessidade da remoção de animais com comportamento atípico, como a onça envolvida nos ataques. "O ICMBio indicou a participação do IBAMA para colaborar na remoção e transporte dos animais da região para outro local ou cativeiro, caso haja pertinência da ação", explicou Rogério, que tem 20 anos de experiência lidando com conflitos.
A primeira fase da Operação Ianumaka será a de levantamento de informações sobre os ataques para um diagnóstico de fatores predisponentes e riscos de ataques na região junto com a instalação de armadilhas fotográficas na região perimetral às aldeias da região para identificação de onças que têm se aproximado das áreas povoadas pelos indígenas. As próximas fases ocorrerão a partir das avaliações preliminares, culminando na possível remoção de onças cujos comportamentos gerem risco de morte aos indígenas.
"Os três órgãos lamentam a perda de vidas em decorrência da presença de um dos animais símbolos da fauna do Brasil na região e buscam juntos trazer de volta a harmonia entre vida selvagem e povos indígenas nesta parte tão importante do país", ressalta Rogério.
Comunicação/ICMBio