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Definidas prioridades de trabalho com povos indígenas isolados e de recente contato
Entre os dias 10 e 14 deste mês, servidores responsáveis pelo trabalho com povos indígenas isolados e de recente contato em todo país estiveram em Brasília para realizar o alinhamento anual de atividades.
Definir metodologias de trabalho para proteger e promover o direito desses povos é desafiador. Reflexão, debate, estratégia e articulação são imprescindíveis para pautar as ações da Funai sobre uma política que considere as peculiaridades de cada povo indígena isolado e de recente contato, a realidade das regiões em que habitam e, acima de tudo, o respeito à decisão de manterem ou não contato com a sociedade envolvente.
Diante dessa realidade, aprimoramento e qualificação do trabalho se tornam possíveis a partir do compartilhamento de experiências e definições de prioridades promovidos pelo encontro entre a Coordenação-Geral de Índios Isolados e de Recente Contato (CGIIRC) e as 11 Coordenações de Frente de Proteção Etnoambiental (CFPE) da Amazônia.
Bruno Pereira, coordenador da CGIIRC, explica que a reunião anual é tradição indispensável para o trabalho em áreas remotas: "Quando reunimos todos os coordenadores, dividimos problemas, buscamos soluções conjuntas e um ajuda o outro a planejar atividades conjuntas de localização de isolados, expedições, articulações com regiões de difícil acesso. Esse trabalho é sempre muito produtivo. Colocamos em dia as pautas latentes de cada região e debatemos frente a frente o planejamento de cada unidade para o ano seguinte."
Para Luciano Pohl, que trabalha há sete anos na Coordenação de Frente de Proteção Etnoambiental Médio Xingu com isolados da região do Rio Xingu e com os povos indígenas de recente contato Araweté, Arara e Parakanã, a reunião de servidores que trabalham com a mesma pauta auxilia na reflexão sobre a própria atividade. "É um momento de sair da confusão do dia-a-dia e refletir com a ajuda dos colegas. O encontro serve pra gente pensar no que realizou ou deixou de realizar durante o ano. A opinião de outros coordenadores ajuda na busca de estratégias de ação na nossa jurisdição", define Pohl.
Entre diversas resoluções para 2019, a equipe definiu a realização de reunião técnica na Base de Proteção Etnoambiental Bananeira, em Rondônia, sobre metodologia de localização de índios isolados, realização de força tarefa em expedições de localização e monitoramento de isolados nas Terras Indígenas Yanomami, Arariboia, Araweté e na Ilha do Bananal, além da publicação de portarias de mais seis programas para Povos de Recente Contato.
Kézia Abiorana Campos
Assessoria de Comunicação Social/Funai