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Coleta de açaí gera renda e fortalece alimentação do povo Kwazá no estado de Rondônia
O povo Kwazá comemora o início de mais uma temporada de coleta de açaí no município de Parecis, Rondônia. Com o apoio logístico da Coordenação Técnica Local Chupinguaia (CTL/Funai), as quatro aldeias que compõem a Terra Indígena Kwazá do Rio São Pedro vão colher 36.000 quilos de açaí in natura , entre os meses de julho e dezembro. Parte dessa produção é consumida pelos cerca de 60 indígenas das aldeias, e o restante, vendida nas cidades de Parecis, Cacoal, Pimenta Bueno e Rolim de Moura.
Com o propósito de melhorar tanto a coleta quanto o beneficiamento do açaí, a Funai ajudou com a compra dos equipamentos: duas despolpadeiras, dois freezers de 540 litros e um barco com motor de propulsão no apoio a uma "atividade que se tornou a marca registrada dos Kwazá", relata o chefe da CTL, Vanderlei Castellani.
Os Kwazá também contaram com o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), que doou os materiais para que os próprios indígenas construíssem a sede da agroindústria [foto]. Essas novas instalações devem aprimorar as condições de segurança e higiene durante o adequado processamento do fruto: as 36 toneladas vão fornecer 21.000 litros de poupa.
Segundo Castellani, "todos os dias a coleta chega a ocupar 11 equipes compostas por dois indígenas: um deles sobe no pé de açaí e o outro debulha e carrega os grãos até o ponto de embarque. Atualmente, o escoamento é feito com o apoio da Funai, no transporte dos grãos até os compradores nas cidades vizinhas", completa.
O coordenador regional de Cacoal, Ricardo Prado, ressalta que "a Funai tem atuado para promover a sustentabilidade dos povos assistidos, dando ênfase à agregação de valor nos produtos coletados e produzidos pelas aldeias indígenas".
"O açaí coletado pelo povo Kwazá tem garantido renda aos indígenas com a venda da produção, além de mostrar a eles a importância de uma boa gestão do território Kwazá, que é rico nesse produto. Temos demonstrado constantemente que manter a área da Terra Indígena protegida é a melhor forma de garantir essa renda", explica Prado.
Assessoria de Comunicação/Funai