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Presidente da Funai consegue liberação de madeira apreendida pelo Ibama para reconstrução das casas queimadas na TI do Ligeiro
O presidente da Funai, Franklimberg de Freitas, recebeu nessa terça-feira (31), em Brasília, a visita do deputado federal Jerônimo Gorgen (PP-RS) e dos prefeitos rio-grandenses de Charrua e de Getúlio Vargas, Valdesio Roque e Maurício Soligo. Os parlamentares aproveitaram a estada na capital para agradecer à Franklimberg pelo apoio que a Funai ofereceu durante o recente conflito entre lideranças Kaingang da Terra Indígena do Lígeiro, em Charrua, e pedir a ajuda da instituição na reconstrução das 60 casas queimadas no incidente. O presidente informou que já conseguiu junto à presidente do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais (Ibama), Suely Araújo, a liberação de 400 metros cúbicos de madeira apreendida, que serão entregues em poucos dias.
"Queremos agradecer o esforço pessoal do senhor para mediar o confronto e garantir a reconstrução das casas queimadas", comemorou o deputado Jerônimo. "Graças a Deus e ao apoio do senhor conseguimos levá-los de volta para a terra indígena, que é o que eles mais queriam", ressaltou o prefeito de Charrua.
Franklimberg explicou que já solicitou à Polícia Federal que permaneça por mais alguns dias na TI para garantir a segurança dos indígenas e a reconstrução das casas queimadas.
Entenda o conflito
A Terra Indígena do Ligeiro tem 4,5 mil hectares e cerca de 1600 pessoas. Em agosto, um conflito interno de lideranças Kaingang pelo cacicado fez com que cerca de 400 pessoas saíssem da reserva e se abrigassem no ginásio do município de Charrua, e resultou em mais de 60 casas queimadas e na morte de um indígena. Após várias tentativas frustradas de negociação para que o grupo voltasse para a aldeia, o presidente da Funai, Franklimberg de Freitas, foi até o local, em outubro, onde esteve por dois dias, realizando várias reuniões de mediação.
Após a visita do presidente, o grupo decidiu voltar para a TI no dia 20 de outubro, com o apoio da Funai e da Polícia Federal, que ainda se encontram no local.
Priscilla Torres
ASCOM / Funai