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Povos Kwazá e Paíter Suruí beneficiam açaí e babaçu com apoio da Funai
A Funai, por meio da Coordenação Regional de Cacoal, em Rondônia, apoia este ano dois projetos sustentáveis de geração de renda nas terras indígenas Kwazá do Rio São Pedro e Sete de Setembro. Para incentivar a cadeia produtiva do açaí e do babaçu já iniciadas pelos povos Kwazá e Suruí, respectivamente, a Funai adquiriu equipamentos e promoverá capacitações para o beneficiamento dos produtos extrativistas nas próprias comunidades. Os equipamentos foram entregues no início deste mês.
A comunidade Kwazá apostou na coleta do açaí como atividade de geração de renda e teve um ótimo retorno em 2015. Na última safra, a Funai apoiou as famílias com transporte para a coleta e para o escoamento da produção, que foi de 2 mil latas. O fruto foi vendido para empresas da região, ainda no caroço, ao valor médio de R$30,00 a lata, o que gerou uma renda bruta de R$ 60 mil para a comunidade. A intenção, a partir da safra de 2016, que ocorre de julho a outubro, é aumentar a produção, ampliando a coleta, e processar parte da produção na aldeia, agregando valor ao produto e valorizando a iniciativa indígena.
Para ampliar os pontos de coleta, a Funai adquiriu um barco com rabeta, uma vez que grande parte dos frutos não era coletada por exigir acesso pelos rios. Foram adquiridas ainda duas despolpadeiras para o beneficiamento do açaí, além de ferramentas e dois freezers. Os Kwazá, com apoio da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), construiram um galpão para o processamento do fruto.
O outro projeto sustentável apoiado pela Funai em Cacoal tem o objetivo de fortalecer a cadeia produtiva do babaçu na Terra Indígena Sete de Setembro. O projeto, da Associação Soenama do Povo Indígena Paíter Suruí, prevê o processamento de diversos produtos derivados do babaçu, óleo, farinha, sabão, além da produção de artesanatos e o aproveitamento do coco sem a amêndoa para fabricação de carvão vegetal.
A comunidade recebeu da Funai um barco com motor de popa, para coleta e escoamento via fluvial, e outros equipamentos para o beneficiamento do produto. Apoiou ainda uma série de oficinas de capacitação, voltadas para a gestão e para o aproveitamento do babaçu, realizadas por técnicos de órgãos e instituições parceiras, além do mapeamento dos babaçuais.
Colaboração: Ricardo Prado/Coordenação Regional Cacoal