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Funai apoia projeto de pesca artesanal no Tocantins
Começa hoje (18) a oitava etapa do projeto "Conhecimento e adaptação tecnológica para o desenvolvimento sustentável da pesca artesanal no rio Araguaia (TO)", coordenado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), e que conta com parceria e acompanhamento dos técnicos da Funai jurisdicionados à Coordenação Regional Araguaia – Tocantins.
O projeto tem por objetivo, em um primeiro momento, conhecer, de forma participativa, as tecnologias de captura, as embarcações utilizadas e as formas de conservação dos recursos pesqueiros empreendidas pelas comunidades de pescadores tradicionais do Rio Araguaia, entre as quais se incluem as aldeias das Terras Indígenas dos povos Karajá e Javaé.
As primeiras comunidades indígenas visitadas, há dois meses, foram as aldeias Boto Velho e Canoanã. Durante a etapa atual, que se estenderá até quinta-feira (20), os técnicos da Embrapa, da Funai, do estado do Tocantins, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) visitarão as aldeias Fontoura e Macaúba, localizadas, respectivamente, nos municípios de Lagoa da Confusão e Pium, no Tocantins.
O apoio para a estruturação da cadeia produtiva da pesca é reivindicação dos povos Karajá e Javaé, que possuem na atividade uma de suas principais fontes de subsistência.
O projeto foi desenvolvido para atender às diretrizes do Plano Nacional da Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo) relacionadas à soberania alimentar e ao uso sustentável dos recursos pesqueiros em comunidades tradicionais. Para tanto, durante essa primeira fase, os sistemas pesqueiros serão diagnosticados numa abordagem sistêmica, interdisciplinar e participativa com os pescadores artesanais.
Também é objetivo do projeto que, após a fase de diagnóstico das tecnologias já utilizadas pelos indígenas e demais comunidades de pescadores artesanais, seja possível desenvolver, a partir de 2017, pesquisas participativas para tornar a pesca mais eficiente. Serão prioridade o desenvolvimento de estratégias de adaptação de tecnologias que otimizem a produtividade, reduzam os impactos sobre os ecossistemas aquáticos e minimizem desperdícios na cadeia produtiva.
As pesquisas serão desenvolvidas, a princípio, em uma comunidade-piloto, a ser definida junto com as comunidades de pescadores, como preconiza o enfoque participativo. A ideia é que as ações possam ser replicadas nas demais comunidades, estimulando a sustentabilidade da pesca artesanal no Rio Araguaia.
Texto: Mônica Carneiro - ASCOM/Funai
Com informações da Embrapa