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Toma posse novo presidente da Funai
Tomou posse nesta quarta-feira, 17 de junho, em solenidade no Salão Negro do Ministério da Justiça, o novo presidente da Fundação Nacional do Índio – Funai, João Pedro Gonçalves da Costa.
Já na abertura da solenidade, o Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo e João Pedro assinaram o documento que deu posse ao presidente da Funai.
Durante o evento o ex presidente interino e procurador-chefe da Funai, Flávio Chiarelli, fez um breve relato de seu trabalho na Fundação , onde esteve por quase sete anos. Desejou boa sorte ao novo presidente e encerrou dizendo que como assessor especial do ministro da justiça, cargo que passa a ocupar, continuará atuando nas causas indígenas.
Já empossado, o presidente da Funai, João Pedro, iniciou seu discurso agradecendo o convite da Presidenta da República, Dilma Rousseff, pela confiança depositada nele diante da missão de presidir a Fundação Nacional do Índio.
João Pedro falou do momento atual que passa o país e citou pessoas que marcaram a causa indígena, como Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon e os irmãos Orlando, Cláudio e Leonardo Vilas-Boas.
Para o presidente, "é com a mesma vontade de servir que conclamo os servidores a dar continuidade aos debates contemporâneos, aos desafios inerentes a conjuntura, sobretudo aquelas consistentes nas ações legislativas daquelas que pretendem desconstruir avanços históricos alcançados com a promulgação da Constituição".
O ministro José Eduardo Cardozo, agradeceu antigos presidentes, como Márcio Meira, presente à solenidade e Maria Augusta Assirati, a Guta. O ministro disse que a conquista por direitos é algo permanente e que fazer com que o direito dos povos indígenas seja respeitado é o grande desafio da Funai.
José Eduardo citou uma antiga afirmação que diz que ser presidente da Funai é o cargo mais difícil do Governo Federal e terminou seu discurso desejando sucesso a gestão do agora presidente João Pedro.
Saiba quem é João Pedro Gonçalves da Costa
João Pedro Gonçalves da Costa nasceu no município de Parintins e mudou-se para Manaus na década de 70 onde cursou o segundo grau no Colégio Agrotecnico. Em 1977 Ingressou na Universidade Federal do Amazonas (Ufam) no curso de Agronomia. Foi presidente do Centro Acadêmico de Agronomia (Cuca), presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE) e também vice-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE). Foi servidor público do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
Em 1983 João Pedro foi deputado estadual. De 1989 a 1992 exerceu o mandato de vereador de Manaus. Foi por um mandato eleito presidente do diretório do Partido dos Trabalhadores (PT) de Manaus e teve seu primeiro mandato de presidente estadual do Partido.
Em 2003 foi Superintende Estadual no Amazonas do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
Foi eleito suplente de senador da república no ano de 2006, exercendo o mandato de 2007 a 2011. Como senador foi vice-líder do Governo Lula, presidiu a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras e por duas vezes representou o Senado Brasileiro na Organização das Nações Unidas (ONU) onde defendeu os interesses brasileiros em fóruns internacionais. Em 2010 assumiu como presidente, pela segunda vez, o Diretório Estadual, encerrando seu mandato em 2013.
No Senado, João Pedro foi titular da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Comissão de Meio Ambiente (CMA), Agricultura e Reforma Agrária (CRA) e de Relações Exteriores (CRE) no Senado Federal. Na Comissão de Relações Exteriores travou debate estratégico-tendente à integração do Brasil com os países africanos e a inclusão da Venezuela no Bloco do Mercado Comum dos Países do Sul (Mercosul). Nesse período foi a Genebra, na Suíça, representar o Senado na Conferência Mundial dos Direitos Humanos e dos Trabalhadores.
Como relator do projeto de lei que disciplina o Fundo Amazônico, que é gerido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), João Pedro reafirmou sua atuação na defesa da Amazônia e de seus povos, tendo sido o autor do projeto de lei que cria a 'Universidade da PanAmazônia'.
Em 2011 assumiu como assessor no Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação e desde 2012 estava assessor na Liderança do Governo no Congresso Nacional.