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I Encontro de Avaliação da Educação Escolar Indígena do Estado de São Paulo
Nos dias 08 e 09 de julho, caciques, lideranças, professores e estudantes indígenas das etnias Guarani Mbya, Tupi-Guarani/Nhandewa, Terena, Kaingang, Krenak e Maxakali, representando 18 aldeias do estado de São Paulo, juntamente com técnicos da FUNAI, estiveram reunidos na Opy (Casa de Reza) da Aldeia Tenondé Porã – Parelheiros/SP para debater, avaliar e propor melhorias para a Educação Escolar Indígena realizada em suas comunidades.
Os participantes tiveram a oportunidade de refletir sobre diversas questões que envolvem as atividades das escolas de suas aldeias e, de modo mais amplo, a educação de crianças e jovens indígenas, tais como: regime de contratação dos professores indígenas, calendário escolar, importância de Projetos Políticos Pedagógicos específicos e diferenciados, autonomia e sustentabilidade.
Na avaliação dos participantes, o encontro representou a oportunidade de unir forças na luta pela educação escolar indígena efetivamente diferenciada, específica e de qualidade. Avaliaram, ainda, que encontros como este devem ser realizados semestralmente, em aldeias diferentes, proporcionando a participação de indígenas de todas as regiões de São Paulo.
Além da reflexão e discussão sobre a educação escolar propriamente dita, foi identificada a necessidade de realização de projetos de educação comunitária que propiciem a valorização das culturas, a sustentabilidade e a autonomia dos povos indígenas que vivem em São Paulo.
O I Encontro de Avaliação da Educação Escolar Indígena do Estado de São Paulo contou com o apoio técnico e financeiro da FUNAI, por meio da Coordenação Geral de Promoção da Cidadania (CGPC/DPDS) e da Coordenação Regional do Litoral Sudeste (CORLIS).
Cumpre ressaltar que a FUNAI tem como atribuição monitorar as políticas públicas relativas à educação escolar indígena, sob a responsabilidade do MEC, dos estados e municípios. Sobretudo compete a FUNAI fomentar e apoiar processos educativos indígenas, que ocorrem em diferentes espaços e tempos de ensino e aprendizagem, de acordo com as suas culturas e que, portanto, dizem respeito à transmissão de conhecimentos e técnicas, atividades tradicionais, rituais, modos próprios de manejo dos recursos naturais e de gestão do território, produção do artesanato, entre outros conhecimentos próprios.
Texto: Izabel Gobbi (CGPC/FUNAI)
Colaboração: Tiago de Oliveira (Professor Indígena/Aldeia Nimuendaju – SP) e Jera Pires de Lima (Professora Indígena/Aldeia Tenondé Porã)
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