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Aberta exposição sobre artes indígenas no Centro Histórico de São Luís
No evento de inauguração da mostra "Um olhar contemporâneo das artes indígenas", no dia 2 de dezembro, estiveram presentes o presidente da FUNAI, Flávio Chiarelli Vicente de Azevedo, e o diretor executivo da Fundação Vale, Luiz Gustavo Gouvea, entre outras autoridades. A curadoria é assinada pelo antropólogo José Carlos Levinho, diretor do Museu do Índio (RJ).
Em cartaz até 24 de abril de 2015, no Centro Cultural Vale Maranhão, a exposição, realização do Museu do Índio/FUNAI, apresenta ao público um conjunto de informações e objetos sobre as manifestações estéticas dos povos indígenas brasileiros.
Um olhar contemporâneo das artes indígenas
São objetos, documentos e registros audiovisuais relativos às manifestações estéticas indígenas, destacando os povos do Maranhão como os Kaapor, os Guajajara, os Tembé e os Timbira. Essas coleções são de grande expressão artística e cultural e pertencem ao acervo do Museu do Índio.
Adornos e pinturas são elementos privilegiados para expor a estética de um povo. Para a maioria dos povos indígenas, o corpo não é o único suporte da arte gráfica. Os mesmos desenhos aplicados sobre a pele estão presentes também em objetos – cuias, cerâmicas, cestos –, nos tecidos e, hoje em dia, no papel.
Em cartaz, a produção cultural dos índios do Maranhão
As referências documentais relativas aos grupos do Maranhão, cerca de 2.500, representam, pela sua variedade e qualidade, uma das mais importantes coleções existentes no País e datam dos primeiros anos de 1950. Possuem a classificação genérica de Canela.
Esse segmento reúne, pela primeira vez, um conjunto expressivo de adornos e representações corporais, além de fotos, filmes, documentos e registros sonoros , recentemente restaurados, possibilitando ao público conhecer a riqueza e a complexidade da cultura dos povos indígenas do Maranhão.
"Muitos povos indígenas valorizam os objetos adornados, cujas técnicas de confecção e estilos se diferenciam entre si. Alguns são exímios ceramistas, outros se destacam na arte de esculpir em madeira e há, ainda, os que possuem um sistema de embelezamento e de se relacionar por meio do corpo com pinturas sofisticadas.", explica o curador e diretor do Museu do Índio, José Carlos Levinho. Segundo o antropólogo, essas sociedades possuem referências bem definidas em termos técnicos, simbólicos, geográficos e históricos. Belos objeto de adorno - como por exemplo brincos, colares, braçadeiras, entre outros - , são feitos buscando-se a perfeição e pode ser usado em festas ou numa cerimônia fúnebre.
A apresentação do uso de adornos e da arte de desenhar dos povos indígenas do Maranhão é complementada, na mostra, pelos registros audiovisuais realizados por pesquisadores Wajãpi, Asurini e Karajá, entre outros, no âmbito do Projeto de Documentação de Línguas e Culturas Indígenas - PROGDOC, desenvolvido pelo Museu do Índio. Esses trabalhos de documentação da instiutição revelam a necessidade de se preservar esse patrimônio cultural, importante, não somente para os povos indígenas, mas para toda a humanidade.
A exposição permanece aberta até o dia 24 de abril de 2015 e conta com o apoio da Fundação Vale.