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Pista de pouso clandestina situada na Terra Indígena Yanomami é destruída durante Operação Ágata 7
A Funai, por meio da Frente de Proteção Etnoambiental Yanomami e Ye`kuana (FPEYY), em Roraima, participou da destruição de uma pista de pouso clandestina, localizada no interior da Terra Indígena Yanomami (TIY). A ação, conduzida pelo Exército Brasileiro, ocorreu nos dias 25 e 26 de maio, durante realização da Operação Ágata 7.
A pista de pouso clandestina, que dava apoio ao garimpo ilegal na região de Surucucus, estava localizada na área da Cachoeira Xiriana - a cerca de 50km da fronteira com a Venezuela. Conhecida como Pernambuco, a pista era parte da logística que mantinha a atividade ilícita na região. Para a sua destruição, foram utilizados explosivos que criaram três crateras, de cinco metros de largura e dois de profundidade, inutilizando-a totalmente.
A FPEYY planeja outras ações no intuito de conter as práticas ilegais na Terra Indígena Yanomami. Para João Catalano, coordenador substituto da frente, a desarticulação do garimpo na região irá proporcionar mais tranquilidade para as populações indígenas locais. “Os indígenas são as principais vítimas da degradação ambiental causada pela extração mineral ilícita. Por isso, a frente de proteção apoia toda e qualquer medida capaz de coibir estas práticas em área”, ressaltou.
Ágata 7
A destruição da pista de pouso aconteceu em parceria com as organizações militares sediadas em Boa Vista, o 7º Batalhão de Infantaria de Selva (7º BIS) e o 6º Batalhão de Engenharia de Construção (6º BEC), além do 4º Batalhão de Aviação do Exército (4º BAvEx), sediado em Manaus - AM.
A Operação Ágata 7 teve início, no dia 18 de maio, em toda a extensão de fronteira do Brasil com os dez países sul-americanos. O objetivo é combater crimes transfronteiriços como narcotráfico, contrabando e descaminho, tráfico de armas e munições, crimes ambientais, contrabando de veículos, imigração e garimpo ilegal.
A ação é coordenada pelo Ministério da Defesa, por intermédio do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA) e dela participam 25 mil militares e servidores de 12 ministérios e 20 agências governamentais, entre eles 26 funcionários da Funai. De acordo com o Exército, esta edição é a maior mobilização realizada pelo governo brasileiro no combate aos ilícitos em áreas de fronteira do país.
Todas as ações realizadas pela Operação Ágata em terras indígenas são acompanhadas pela Funai, por meio de suas Coordenações Regionais, Frentes de Proteção Etnoambiental e da Coordenação Geral de Monitoramento Territorial (CGMT).